O apagão de energia que atingiu os Estados do Nordeste na tarde desta quarta-feira (28) foi causado por queimadas em duas linhas de transmissão operadas por grupos privadas no Piauí.
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) o primeiro desligamento ocorreu às 14h58, na ligação entre os municípios de Ribeiro Gonçalves e São João do Piauí. A linha é operada pela IENNE, empresa controlada pela espanhola Isolux.
Este circuito foi religado às 15h04 de forma manual, mas houve um novo desligamento, pelas mesmas razões, às 15h06.
Instantes depois, às 15h08, foi desligada uma segunda linha de transmissão, que segue o mesmo destino da primeira. Esta linha é operada pela Taesa, empresa controlada pela Cemig.
Essas linhas fazem a ligação entre o sistema da região Norte e o Nordeste.
Segundo o ONS, por conta das queimadas e do desligamento das linhas houve "perda de sincronismo e consequente separação da região Nordeste do restante do SIN (Sistema Interligado Nacional)".
A perda de carga foi de 10.900 MW, o que provocou o desligamento adicional das linhas Presidente Dutra/Teresina, Presidente Dutra/Boa Esperança e Bom Jesus da Lapa/Rio das Éguas.
O ONS diz ainda que distribuição de energia foi concluída às 17h30 nas capitais do Nordeste.
Apagão
A assessoria do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou, às 16h30 de hoje (28), que a energia de sete capitais do Nordeste já havia sido restabelecida.
A assessoria da Celpe (Companhia Energética de Pernambuco) disse que a luz voltou em alguns bairros do Recife. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a carga para a região Nordeste caiu de 10 mil megawatts para 1 mil megawatts às 15h de hoje.
Às 15h03, uma interrupção no fornecimento de energia atingiu cidades de sete Estados da Região Nordeste. Foi registrada falta de energia no Piauí, em Alagoas, no Ceará, em Sergipe, na Bahia, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.
Houve relatos de falta de energia em Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN).
Fontes do setor afirmaram na semana passada que os reservatórios das hidrelétricas brasileiras estão, em geral, em níveis que não geram preocupações, mas o Nordeste necessitava atenção, já que os níveis das represas estão baixos e existe limitação para exportar energia para a região.
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