Abril é um mês dedicado à luta contra o câncer de pulmão. E a data pode ser, inclusive, comemorada. Segundo o dr. Gustavo Faibischew Prado, pneumologista do Incor e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, “avançamos de forma contínua na incorporação das mais recentes tecnologias para o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e práticas clínicas, tanto no diagnóstico e investigação da extensão da doença, quanto no campo terapêutico”.
Os exames considerados mais avançados para a investigação do câncer já estão disponíveis no Brasil. A tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT) e a ultra-sonografia broncoscópica (EBUS) são alguns exemplos. Os tratamentos menos agressivos, explica o especialista, são feitos por meio de cirurgias vídeoassistidas e minimamente invasivas. “Temos também novas técnicas de radioterapia mais eficazes e com menos efeitos adversos sobre o pulmão normal, além de quimioterapia mais individualizada, direcionada às células tumorais”.
Segundo dr. Gustavo, 80% a 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo, mas também pode ser causados pela exposição a metais pesados, como cromo, níquel e cádmio, além de fibras de amianto e radiação. “O tratamento pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio em que ele se encontra.”
Hoje em dia, o acompanhamento dos pacientes com câncer de pulmão é realizado por equipes multidisciplinares compostas por pneumologistas, cirurgiões torácicos, radioterapeutas e oncologistas. “É uma realidade que já demonstra em diversos países uma abordagem mais global e uma melhor evolução dos pacientes”, explica o doutor.
Ao médico pneumologista, cabe não apenas o diagnóstico e tratamento, mas também as consultas na hora de parar de fumar. “A chance de sucesso na cessação do tabagismo com acompanhamento médico especializado é de 6 a 8 vezes maior que a do paciente que decide abandonar a dependência por conta própria”, esclarece dr. Gustavo. O médico mostrará a melhor maneira de enfrentar os processos de abandono do cigarro, indicado, quando necessário, medicamentos seguros e eficazes.
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