Mulheres que, constantemente, são expostas à fumaça do cigarro, mesmo que não fumem, têm três vezes mais chances de desenvolver câncer de mama do que as não fumantes que não convivem com o cigarro alheio, segundo estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública do México. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Lizbeth Lopez-Carrillo, cerca de 6 milhões de mexicanas com idades entre 12 e 65 anos que nunca fumaram são expostas ao tabagismo passivo. E isso aumenta seus riscos de ter câncer de mama.
Avaliando 504 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e o mesmo número de mulheres saudáveis da mesma idade, os pesquisadores notaram que aquelas que haviam sido expostas ao fumo passivo tinham três vezes mais chances de terem confirmação do câncer de mama, comparadas àquelas que não conviviam com o cigarro. E, entre as fumantes, o risco era ainda maior, mais apenas se as participantes tivessem começado a fumar entre a puberdade e o nascimento do primeiro filho.
“A exposição ao tabagismo ativo e ao passivo é um fator de risco modificável para câncer de mama”, disse a pesquisadora na Conferência da Associação Americana de Pesquisa do Câncer. “Reduzir não apenas o tabagismo ativo, mas também o fumo passivo irá prevenir novos casos de câncer de mama nessa população”, concluiu a especialista.
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