Pesquisadores da Embrapa apresentaram, em Petrolina, Pernambuco, uma variedade de melão híbrido, desenvolvido para o Nordeste, a principal região produtora do país.
A novidade foi apresentada por pesquisadores da Embrapa de Pernambuco, Ceará e do Distrito Federal no dia de campo em Petrolina, no sertão de Pernambuco. O melão araguaia é o primeiro híbrido desenvolvido no Brasil.
O melão, desenvolvido por pesquisadores da Embrapa, possui uma produtividade superior à média nacional, que gira em torno de 20 toneladas por hectare. Em uma área é possível colher 40 toneladas da nova variedade. O fruto pesa uma média de 1,8 quilo e é bem doce, característica que agrada o consumidor.
“É muito saboroso. Um dos grandes problemas do melão brasileiro, principalmente no mercado nacional, é a questão do baixo açúcar dos melões. Muitas vezes, o consumidor acaba rejeitando melões produzidos no Vale principalmente em função da baixa qualidade do fruto”, explicou o agrônomo Valter Oliveira.
O ciclo da cultura dura 75 dias. De acordo com o pesquisador da Embrapa Semi-Árido, a variedade é de fácil manejo. “O produtor terá uma semente mais barata. Tem uma preferência pelo produto que é o alto teor de açúcar”, esclareceu Nivaldo Costa, agrônomo da Embrapa.
A região Nordeste responde por 98% da produção nacional de melão, sendo responsável por 100% da exportação brasileira. Os principais produtores são os estado do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. O objetivo da apresentação é recuperar o interesse pela cultura no pólo de Petrolina e Juazeiro, no Vale do São Francisco.
O agricultor Emílio Souza aprovou a novidade. “No Brasil não se produzia híbrido. Então, já é um mérito da Embrapa começar com melão híbrido no Vale do São Francisco. A grande vantagem é tentar desenvolver um material adaptado à nossa região”, disse.
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