Embrapa incentiva produção do arroz vermelho no Sertão da PB

Começa amanhã na cidade de Itaporanga, no Sertão do Estado, uma campanha de valorização do cultivo do arroz vermelho promovida pela Embrapa de Campina Grande. Pequenos produtores da região vão participar de um encontro de campo que vai demonstrar os resultados de experiências tecnológicas instaladas no município para valorização do cultivo e uso do arroz vermelho, também conhecido popularmente como ‘arroz da terra’. A programação termina na próxima sexta-feira, no município de Aparecida, onde será realizada a colheita do arroz na Fazenda Tamanduá. 
O objetivo é divulgar os primeiros resultados das pesquisas de melhoramento de grãos desenvolvidas pela Embrapa Transferência de Tecnologia em Campina Grande para tornar esta variedade mais resistente a pragas e com melhor produtividade, difundindo a produção no Estado. Apesar de ser muito comum nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, muitos produtores ainda resistem à produção do arroz vermelho, considerado de baixa produtividade e com pouco valor comercial. 
O gerente do escritório de negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia, Lenildo Morais, explicou o processo de melhoramento. “É o mesmo arroz, o mesmo sabor, não tem diferença nenhuma de cor, de sabor, de fibra, muito pelo contrário, é um produto que a Embrapa está desenvolvendo do ponto de vista do melhoramento tradicional feito em campo, não é um melhoramento feito em laboratório, mas é um melhoramento que está tendo como base principalmente resistência a pragas e doenças e também um ciclo mais curto, porque isso favorece aos agricultores familiares que cultivam esse arroz no Sertão do Estado”. 
A ideia é multiplicar e distribuir as sementes produzidas pela Embrapa para gerar um novo mercado para o arroz na região, aproveitando as potencialidades locais. Nutritivo, o arroz vermelho auxilia no combate ao colesterol e possui três vezes mais ferro do que o arroz branco, sendo atualmente bastante procurado no mercado de produtos agroecológicos.