Quanto mais noção se tem, de modo bem existencial, do imenso Amor deste Deus que vive eternamente, e que tudo dá a vida, quanto mais nos abeiramos da poderosa e sublime e imensa santidade do nosso Deus, mais clara, evidente e iluminada fica a pobreza moral do sujeito, mesmo que não seja muita.
Uma pequena falta, no inicio do caminho, parece não ser nada. Mas, à medida que a Luz aumenta de intensidade, devido ao caminho cristão, e à aproximação "dessa luz imensa que é Deus" (irmã Lucia, Fátima, 1917), essa falta, essa imperfeição ganha contornos subjetivos (leitura e interpretação do sujeito) mais negros, mais visíveis, pois quanto maior é a aproximação do Amor, mais evidente se torna a gravidade do desamor.
Por isso, bem que diz Isaias: "Ai de mim, estou perdido! Com efeito, sou homem de lábios impuros, e vivo no meio de um povo de lábios impuros, e os meus olhos viram o Rei, Iahweh dos Exércitos" (Is 6,5).
Se é o Senhor o critério único, final, pleno, de avaliação das ações morais, pois bem, à medida que Ele se torna mais "próximo", mais clara fica a gravidade do desamor (gosto de substituir pecado por desamor). A nossa pequena ofensa, ingratidão, ganha pesos infinitos diante da infinita bondade e santidade de Deus.
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