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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Qualidade d’água distribuída pela “Operação Carro-Pipa” na região da seca é questionada


O Semiárido brasileiro está enfrentando a pior seca registrada nos últimos 50 anos! São 1.415 municípios afetados e mais de 9,5 milhões de pessoas atingidas por este flagelo, acompanhando dia a dia a perda total das conquistas econômicas ligadas a agropecuária e outras atividades nos últimos 10 anos!

Visando minorar o sofrimento da população diretamente atingida foi criada a Operação “Carro-Pipa” que atende a cerca de 70% desses municípios, uma ação coordenada pelos ministérios da Integração Nacional (MIN), responsável pelas dotações das verbas de custeio, e do Exército – através do Comando de Operações Terrestres – atua na parte de logística. As ações são feitas em parceria com os estados e municípios atingidos pela seca. Segundo o MIN, 80% da água distribuída pelo programa são provenientes de reservatórios estaduais, depois do aval das prefeituras, que também são responsáveis pela análise e tratamento da água.

Por falta de um critério maior na análise e potabilidade da água, o produto está chegando a moradores de alguns municípios praticamente imprópria para o consumo humano, contaminada por diversos micro-organismos causadores de doenças, como acontecido no município cearense de Canidé onde o hospital local esteve lotado de crianças apresentando quadro de diarreia e vômito, durante o mês de maio. 



Em Alagoas, a situação foi ainda mais dramática! Somente nos primeiros cinco meses de 2013 foram registrados 12.900 casos de diarreia, com 41 municípios apresentando 40% de aumento de ocorrências e registrando 37 óbitos. Não houve registro dessas ocorrências no estado da Paraíba!

As causas desses fatos lamentáveis, objeto de reportagem por parte do jornal e TV Globo (Jornal Nacional, edição 17/05/13), podem estar ligadas ao modus operandi do tratamento da água, porque foi comprovada que houve uma diminuição em gramas das pastilhas de cloro usadas para fazer a limpeza e a consequente potabilidade da água, comprometendo assim a qualidade final do precioso líquido. Por exemplo, uma pastilha de cloro de 20 gramas é recomendada para tratar, razoalvente, apenas 4,5 mil litros de água, e essa gramatura estaria sendo usada nos tanques dos carros-pipas daqueles municípios, que chegam a comportar 7 mil litros de água por viagem.

“Na realidade, não está havendo processo de desinfecção. A quantidade de cloro é insuficiente” – afirmou o coordenador da Vigilância Sanitária do Ceará. O ideal seria utilizar pastilhas de maior gramatura, com cinco ou dez vezes mais do que esta sendo utilizada, porque, quanto maior a quantidade de cloro melhor será a desinfecção da água, principalmente quando se utiliza água de barreiros, açudes, poços, sempre sujeita a todo tipo de impureza dado ao longo período de estiagem, como esta que esta ocorrendo atualmente. Só assim esta água poderá ficar livre das impurezas, bactérias e outras mazelas e se tornar realmente própria para o consumo humano e animal. 

Mas afinal, de quem é a responsalidade pela diminuição da gramatura das pastilhas de cloro que provocou todo esse caos na população desses municípios? 

O Exército diz que a sua responsabilidade é receber o dinheiro do Ministério da Integração e fazer o pagamento dos carros-pipas. O governo federal afirma que a responsabilidade é das prefeituras. Os prefeitos alegam que a responsabilidade é do próprio governo federal que não disponibiliza recursos para aquisição de aparelhos de purificação e desinfecção antes do transporte pelos carros-pipas. Neste jogo de “empurra” somente quem sai perdendo é o povo, dependente direto de um elemento vital e indispensável para a sua sobrevivência e de todos os seres vivos: a água!

Espera-se que essa diminuição na gramatura das pastilhas por carro-pipa não seja uma forma de economia adotada pelas instituições diretamente envolvidas no processo, porque, se assim for é necessário que se apure com rigor, apontando e punindo com os rigores da lei todos responsáveis por esse descaso contra a vida humana. 

Em defesa da vida de povo sertanejo, já tão sofrido com o flagelo da seca, conclamamos os políticos e administradores públicos para tomarem as devidas providências, chamando a atenção para que o Ministério Público procure apurar de quem realmente é a responsabilidade que está pondo em risco a vida de milhares de pessoas dependentes de um serviço que deveria ter o padrão “FIFA”: a Saúde Pública, uma das bandeiras reinvidicatórias das manisfestações populares que eclodiram nos últimos dias pelo Brasil afora.


Com Waldeban Medeiros

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