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sábado, 22 de junho de 2013

Governador Ricardo Coutinho, escreve artigo sobre as últimas manifestações ocorridas recentemente no país

Governador Ricardo Coutinho, escreve artigo sobre as últimas manifestações ocorridas recentemente no paísO governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, escreveu um artigo com sua opinião pessoal em relação aos recentes manifestos populares ocorridos no Brasil. Ricardo destaca a necessidade de dar maior celeridade e resolutividade às estruturas e políticas públicas. Veja abaixo o que diz, na íntegra, o artigo do governador:

A voz das ruas
Nenhuma cena carrega mais e melhor os signos e sentimentos de democracia, de ânsia por mais igualdade e melhor qualidade de vida do que uma rua cheia das cores, dos corpos e da energia do seu povo. Em manifestações de alegria ou de insatisfação, seja um evento comemorativo ou combativo, o somatório das vozes, vontades e forças representa, quase sempre, a luta por melhores dias para todos.
Os protestos que tomaram as ruas do Brasil nos últimos dias, apesar da interferência negativa e do vandalismo de alguns poucos, têm essa característica e parecem recuperar, quiçá de forma definitiva, a força comunitária de um povo que ultimamente só a vinha utilizando para pontuais e efêmeros festejos. O exercício radical da democracia, essa coisa que precisamos aprender a viver constante e incansavelmente, estava adormecido. As manifestações que varrem o mundo revigoram esse exercício por expressarem um estado de insatisfação com as instituições e com a política, na forma em que está sendo exercidas.

O exemplo da Paraíba, expressado em ruas e praças das principais cidades, na histórica quinta-feira – 20 de junho de 2013, mostra maturidade, força, criatividade, bom humor e foco no que verdadeiramente interessa: mudança, mas com respeito as instituições; combate, mas através dos argumentos e ideias e com base na vontade da maioria.
Por aqui o vandalismo e a inconsequência não tiveram vez. Não houve espaço para os que querem utilizar a manifestação para promover depredações ao patrimônio publico e privado. Não houve e nem pode haver. Coube, também ao povo consciente, a missão de não permitir qualquer episódio que pudesse macular a força e a esperança desse movimento. Ganhamos todos porque a cidadania saiu fortalecida.
A democracia representativa, quando usurpada e transformada em apropriação de poder, perde suas características essenciais e passa a ser uma perigosa e destrutiva forma de tecer a história. As instituições têm que ser respeitadas, repito, pois só assim elas podem ser transformadas. A política é, necessariamente, uma arena em ebulição, um corpo vibrante cuja sobrevivência se sustenta na energia gerada pelo atrito e afago do toque das suas células. Em política, a inércia não é neutra, é negativa. Precisamos de movimentação e, finalmente, ela está nas ruas.
A hora é de aproveitar a luz que emana dos aglomerados populares e, principalmente, dos jovens corações. Eles apontam erros, descaminhos, incompetências e corrupção. Equívocos que, em maior ou menor grau, subtraem os nutrientes que deveriam dar vida, celeridade e resolutividade às estruturas e políticas públicas.
Este grito forte, intenso e carregado das mais legítimas aspirações, precisa ser absorvido e decifrado para que possa repercutir em acertos, correções de percurso ou, para quem precisa, mudanças radicais de postura e atitude política.
A diversidade da pauta dá uma característica muito particular e rica ao que está em curso. Não há uma luta contra alguém ou por algo em particular. Não há também pessoa ou instituição responsável. A pluralidade conceitual e formal pode sublimar ainda mais esta importante fração da nossa história. A utopia, esta meta tão essencial quanto intocável -alvíssaras- está sendo reintegrada ao nosso horizonte.
Ao mesmo tempo é necessário que estejamos atentos e preparados para combater e desmascarar os aproveitadores de plantão, estes que empunham qualquer bandeira que lhes encubra os escusos interesses, que são incapazes de pensar coletivamente e jamais exercitam a política em sua verdadeira acepção. Da mesma forma, necessário se faz rechaçar os excessos de qualquer natureza, pois quando o direito do outro é respeitado, é mais forte e íntegro o direito de cada um.
Precisamos também ter a clareza de que, de um lado, temos um corpo de líderes -presidenta da república, governadores, prefeitos e parlamentares- em grande parte forjados exatamente nas lutas populares; do outro lado e paradoxalmente, ouvimos o clamor por representatividade.
O povo exige que o aparato de poder, em seus diversos níveis de exercício, reflita, de forma efetiva, a vontade popular e o conjunto das suas necessidades. A negação pura e simples da democracia representativa, no entanto, não aponta saídas. Isto porque as intermediações internas na sociedade, através de fóruns entre as mais diversas instâncias de poder, são imprescindíveis.
A emergência de novas e antigas questões sociais exige de todos – gestores, instituições, movimentos sociais e população – muito mais coragem, força de trabalho, capacidade de diálogo, sinceridade de propósitos e espírito público. Por sermos, politicamente, fruto do confronto das ideias, estimulamos e exercitamos esta postura ao longo de toda a trajetória de homem público e em atividades como o Orçamento Democrático, demais fóruns e encontros possíveis.
Por estas e outras óbvias razões, estamos, a cada dia, mais convictos de que é preciso promover, aprender, ensinar e estimular a participação popular nos encaminhamentos e decisões. Só desta forma e em todos os níveis, teremos governos verdadeiramente fortes e legítimos como a vontade do povo que ocupa as ruas para construir um novo tempo.

Esperamos que essa onda de mobilizações no mundo e no Brasil renove o oxigênio das nossas instituições, para que venhamos a respirar o mais puro conceito de democracia e, além disso, possamos reinventar utopias, pois elas são essenciais para transformar a marcha da humanidade em uma caminhada permanentemente progressista.

Ricardo Coutinho
Governador da Paraíba

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