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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Nos tempos das volantes Cangaço é analisado por pesquisador e escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo.


Milícias que 'caçavam' cangaceiros, as volantes, fazem parte de um passado histórico marcado pela violência 

Geralmente a História é escrita pelo lado vitorioso. Essa máxima pode ter suas exceções quando se fala do cangaço nordestino, movimento que surgiu no final do Império.
Com a grande seca no Sertão de 1877-1879, a miséria e a violência eram lancinantes, o que viabilizou o surgimento dos primeiros bandos armados independentes do controle dos coronéis. O seu auge começava durante a República, com o surgimento de Virgulino Ferreira
da Silva, o Lampião, e as volantes dos Estados que caçavam cangaceiros.
“As volantes criaram mais cangaceiros do que mataram”, analisa o pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo, sumidade sobre o tema que realizou cerca de sete mil entrevistas ao longo de 60 anos, colhendo depoimentos de ex-cangaceiros, membros das forças policiais, pessoas da sociedade da época e familiares remanescentes. Publicou dezenas de livros como Assim Morreu Lampião.
De acordo com Amaury, as autoridades contratavam quem tinha coragem e conhecimento da região. Mas as milícias “maltratavam, judiavam e matavam” atrás dos cangaceiros. “Eu comandei verdadeiras feras”, lembra o pesquisador paulista das palavras do Major Optato Gueiros nas suas Memórias de Um Oficial Ex-Comandante de Forças de Volante (1953).
“Conversando com pessoas daquele tempo, ficaria surpreso pelo conceito que as volantes deixavam”, conta.
Amaury Corrêa de Araújo desconhece uma biografia específica sobre as volantes, mas atenta pelos vários livros escritos pelo outro lado, como o “bem escrito” Como Dei Cabo de Lampião (1940), do tenente João Bezerra da Silva.
VOLANTES DA PARAÍBA
Entre as participações das volantes paraibanas nos tempos do cangaço, Amaury destaca um dos importantes combates entre as forças policiais e os salteadores do Sertão. Apesar de acontecer na Fazenda de Serrote Preto, Alagoas, o embate foi entre os cangaceiros e três volantes, sendo uma de Pernambuco e duas da Paraíba. “Foi em época como esta, de Carnaval, só que em 1925”, puxa pela memória.
Foram 78 soldados contra cerca de 40 cangaceiros. Antônio Amaury revela que o grande prejuízo foi para a volante da Paraíba.
Entre as baixas que eram vítimas até do 'fogo amigo', morreram dois oficiais paraibanos, os tenentes Adauto e Francisco Oliveira, e um número não definido de feridos.
Mas o maior entrave do cangaço aconteceu em Serra Grande, Pernambuco, na divisa de Triunfo e Serra Talhada, no mês de novembro de 1926: foram exatos 298 integrantes de volantes, munidos de duas metralhadoras, contra um número incerto entre 60 e 120 cangaceiros. O saldo ficou em 45, entre mortos, feridos e desertores, e quase nulo do lado dos 'bandidos'.
Amaury entrevistou o cangaceiro pernambucano Isaias Vieira, mais conhecido como o Zabelê, presente no confronto. Ele relatou que "combate como aquele queria que fosse todo o dia", já que o bando se encontrava em local privilegiado geograficamente.
O paraibano que Lampião tinha respeito e que o próprio evitava era o tenente-coronel Manuel Benício, natural de Santa Luzia do Sabugi.
Com o 'Rei do Cangaço' teve 18 combates, chegando a brigar duas vezes no mesmo dia, na cidade de Princesa Isabel, onde Virgulino perdeu dois cabras, Coruja e Jararaca, sendo o último o primeiro integrante do bando.
As milícias não se resumiam em coragem. De acordo com Antônio Amaury, a volante dos Oliveiras, na qual Lampião matou quatro integrantes, "eram mais destemidos do que inteligentes", já que combatiam o bando de "peito aberto" no meio da caatinga.
Jornal da Paraiba

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