Para livrar castanha-do-brasil da contaminação por fungos e salvar a cadeia produtiva, pesquisadores de várias unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –Embrapa, universidades e instituições de pesquisa, articulados no projeto de pesquisa Micocast, sob a liderança da Embrapa Acre, buscam contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias e gerar informações científicas que auxiliem no diagnóstico e controle da contaminação da castanha-do-brasil por essas toxinas.
A pesquisadora expôs um panorama da situação de contaminação das amêndoas de castanha-do-brasil, destacando que é um problema que coloca em risco a saúde pública e também compromete a economia da região amazônica, pois o produto que antes era exportado para o mercado europeu passou a ser recusado, diante de medidas mais restritivas da comunidade européia em relação aos níveis tolerados de aflatoxina, o que desencadeou redução de mais de 90% nas exportações, a partir dessas restrições.
Nesse contexto, a Embrapa vem dando sua contribuição em pesquisas voltadas para a melhoria da cadeia produtiva e da qualidade da castanha-do-Brasil, que é um fonte importante de alimento e também de atividade de produção florestal não-madeireira, na Amazônia. Os esforços desse projeto estão direcionados para inovações tecnológicas para o controle da contaminação da castanha-do-brasil por aflatoxinas. Isso inclui estudos epidemiológicos e estudos sobre a diversidade da população dos fungos, além do desenvolvimento de alternativas tecnológicas para aprimorar a secagem de forma mais rápida e eficiente e ainda o desenvolvimento de métodos rápidos e menos onerosos de detecção de fungos produtores de aflatoxinas e micotoxinas na castanha.

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