Existe o mito de que, por enfrentar dores como a do parto, as mulheres seriam mais capazes de suportar a dor que os homens.
Um estudo realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicada no periódico Journal of Pain, diz o contrário: a mulher tem maior sensibilidade à dor que o homem. A pesquisa é importante para refinar os diagnósticos médicos entre os sexos.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Sex Differences in Reported Pain Across 11,000 Patients Captured in Electronic Medical Records
Onde foi divulgada: periódico Journal of Pain
Quem fez: David Ruauemail, Linda Y. Liu, J. David Clark, Martin S. Angst e Atul J. Butte
Instituição: Universidade de Stanford, Estados Unidos
Dados de amostragem: 11.000 adultos homens e mulheres
Resultado: Em relação a 47 categorias de diagnóstico de problemas de saúde diferentes, as mulheres relataram sentir dores mais intensas do que os homens em 39
Alguns dos resultados da pesquisa confirmaram o que os médicos costumam observar clinicamente, ou seja, que as mulheres relatam mais dores do que os homens em determinados problemas, como as enxaquecas. Outros dados revelaram que há doenças que, embora não apresentem essa distinção, afetam mais o sexo feminino, como sinusite aguda e dores na coluna.
A equipe de pesquisadores selecionou mais de 11.000 pacientes de ambos os sexos e determinou como 47 categorias de diagnósticos de saúde, que costumam afetar tanto homem quanto mulheres, provocam dor nas pessoas.
As dores foram relatadas pelos pacientes antes deles tomarem qualquer medicamento e foram classificadas dentro de uma escala de 1 a 10, sendo que 1 representava 'nenhuma dor' e 10, 'a pior dor que se pode imaginar'. Dos 47 problemas, as mulheres relataram ter níveis mais elevados de dor em 39.
Para os pesquisadores, esse resultado não foi uma surpresa. Outros estudos já haviam identificado que as mulheres sentem mais dor, mas esses levantamentos foram feitos em relação a doenças específicas.
"Nós não somos os primeiros a encontrar diferenças de dor entre os sexos, mas nós nos concentramos em intensidade, enquanto a maioria dos estudos anteriores analisou a prevalência", afirma Atul Butte, coordenador do estudo.
"Não está claro, porém, se as mulheres realmente sentem mais dor do que os homens", disse Butte. "Mas elas certamente relatam maiores sensações de dor.
Não podemos desconsiderar esses dados, pois eles não falam somente sobre doenças específicas, mas sim de várias". Os autores do estudo ainda pretendem encontrar medidas mais objetivas para calcularem essa diferença observada entre os sexos.
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