nota normativa editada pela Arquidiocese da Paraíba vem causando polêmica por atacar uma prática comum na Paraíba - a participação de sacerdotes na atividade política, proibindo os clérigos como padres e frades, de se filiarem a partidos, se candidatar a cargos eletivos, participar de atividades político-partidárias e, se forem filiados a legendas, ficam proibidos de assumir cargos públicos remunerados.
A pena definida pela Igreja é a suspensão do uso de Ordens na Circunscrição Eclesiástica da Arquidiocese. Na prática, não poder realizar celebrações e quaisquer funções eclesiásticas. Para o arcebispo da Paraíba, dom Algo Pagotto, que elencou os sete “pecados capitais” da relação entre a Igreja e a política partidária, a proibição acabou com um constrangimento pelo qual a Igreja passava, ao dirimir de vez a questão.
ABORTO E MST
Os principais “pecados” seriam justamente os três principais pontos explicitados na nota normativa: filiação de clérigos a partidos políticos; disputa de clérigos a cargos eletivos; e a terceira restrição que se divide em duas, sobre a participação deles em atividades político-partidárias e em cargos públicos remunerados.
Usar o nome da Igreja para se promover politicamente ou se beneficiar em eleições é outro “pecado”.
O penúltimo “pecado” seria, segundo dom Aldo, assumir o partido como único detentor da verdade. Já o sétimo pecado capital é deixar que a ideologia partidária se chocar com diretrizes da Igreja, por exemplo a defesa do aborto, do homossexualismo ou o uso dos métodos anticoncepcionais e até mesmo a incitação à violência em nome da ideologia partidária ou de um ideal de sociedade, como o apoio aos movimentos pela reforma agrária.
O objetivo principal, contudo, segundo dom Aldo, é evitar que candidatos usem a Igreja para se beneficiar nas eleições, mesmo que indiretamente.
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