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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O período do periparto em vacas de aptidão leiteira


Os animais, especialmente de alta produção, não conseguem consumir a quantidade necessária de alimento para suprir suas exigências nutricionais no período inicial de lactação. Este período é caracterizado pela condição de Balanço Energético Negativo (BEN). As reservas corporais são mobilizadas para compensar o déficit de energia. Alguns estudos demonstram que esta rápida mobilização de reservas como a gordura, tem interferência negativa na função reprodutiva e produtiva de vacas leiteiras.
Neste sentido nota-se a necessidade de minimizar estes efeitos e reduzir a intensidade e duração do BEN. Analisando a situação, não é uma tarefa fácil conseguir este objetivo pela manipulação de dietas para vacas em lactação, pois elas tendem a apresentar estimulo biológico para mobilizar a gordura corporal. Uma das estratégias mais bem sucedidas é a manipulação do escore de condição corporal (ECC) ao periparto, o que influenciará o consumo de ração e a produção de leite pelo restante da lactação.

No início da lactação a reserva de gordura corporal tem um papel importante diminuir o impacto da falta de alimentação, já que a vaca direciona grande parte da sua energia para a produção de leite. O consumo de ração é controlado por mecanismos de feedback, sendo que o nível de gordura corporal tem um efeito direto sobre o consumo.
O hormônio leptina apesar da complexidade do sistema regulador do organismo, foi estabelecido como o mecanismo de feedback mais provável. Os receptores de leptina são encontrados no hipotálamo, exercendo papel chave na regulação do metabolismo energético, através da sinalização da condição das reservas de gordura corporal para o sistema nervoso central, que por sua vez envia sinais para uma rede neural, alterando o consumo ou gasto de energia, com o objetivo de alcançar um equilíbrio.
Estudos evidenciaram que as concentrações plasmáticas de leptina estão reduzidas no periparto, devido à baixa condição nutricional em que a vaca se encontra, coincidindo com o repentino aumento da mobilização lipídica para suprir a falta de energia, sugerindo que os processos envolvidos no início da lactação, como BEN e todos os processos adaptativos deste período, têm sua parcela de responsabilidade na concentração plasmática de leptina.
A leptina, além de seus efeitos sobre o consumo de ração, também modula a transferência e direciona os nutrientes pela interação com outros hormônios, incluindo: insulina, glucagon, glicocorticoides, hormônios de crescimento (GH), fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), citocininas e hormônios da tireoide.
Existe uma forte relação negativa entre o ECC ao parto e a mudança no ECC durante o período inicial da lactação. Para cada vaca leiteira há um ECC alvo geneticamente programado, que tende a ser alcançado entre 10ª – 12ª semana após a parição. Caso o seu ECC esteja acima deste alvo 3.0 (em uma escala de 1 à 5), o consumo de alimento é reduzido e ela perde condição corporal. Por outro lado, se o ECC estiver abaixo deste alvo 2.5, o consumo de alimento aumenta e a vaca tende a melhorar sua condição corporal. A ideia de colocar as vacas em “boa condição” corporal ao parto é, portanto contra producente, já que o impulso biológico de uma vaca para atingir seu ECC alvo parece ser tão forte quanto o impulso para alcançar o pico de produção de leite geneticamente programado. Na verdade, ao invés de um alto ECC compensar o baixo consumo de ração no início da lactação, ele reduz ainda mais o consumo de ração e agrava o BEN.
Para se avaliar a aptidão reprodutiva da vaca, a condição corporal embora subjetiva represente um meio auxiliar prático e eficiente independente de seu tamanho. As vacas magras quase sempre apresentam anestro ou falta de cio (ovários inativos), ao passo que aquelas com condição corporal boa, geralmente estão gestantes ou apresentando cio regularmente. A vaca magra ao parto atrasa o cio e com isso demora mais a ser inseminada ou servida pelo touro, atrasando a gestação e com isso alongando o intervalo de partos. Além disso, apresenta mais retenção de placenta e dificuldade no parto.
A vaca gorda ao parto também não é desejável porque apresenta: maior risco no aparecimento de cetose; menor ingestão de matéria seca e menor produção de leite; maior chance de ter a síndrome do fígado gorduroso; maior incidência de mastite, retenção de placenta, e ovários císticos.
O grande aumento na produção dos rebanhos leiteiros, nos últimos anos, vem sendo associado à queda nos índices reprodutivos. Em vacas de alta produção, o redirecionamento de nutrientes a favor da glândula mamária faz com que as atividades reprodutivas acabem sendo obliteradas em detrimento da sobrevivência e da lactação.
Um fator de importante influência na reprodução é o status nutricional, afetando a idade da puberdade, anestro pós-parto e a taxa de sobrevivência embrionária. O anestro pós-parto pode ser parcialmente explicado pelo fato das vacas estarem em BEN, aumentando o intervalo à primeira ovulação.
O período de BEN inclui alterações nas concentrações de hormônios, fatores de crescimento, combustíveis metabólicos, que, interferem no fim do anestro pós-parto e retorno à ciclicidade, no intervalo do parto à primeira ovulação, na fisiologia normal da dinâmica folicular, no tamanho dos folículos, na qualidade e número de oocistos.
Para a amenização do BEM uma das alternativas é a manipulação do ECC nos períodos de pré e pós-parto, onde o consumo de energia não pode ser prejudicado sendo que, qualquer fator que restrinja o consumo alimentar nesta fase, aumenta a mobilização de gorduras corporais pelos animais, a fim de obter energia. O BEN pode ser reduzido parcialmente aumentando-se o plano de nutrição durante o início da lactação. No entanto, benefícios maiores podem ser atingidos ao controlar o ECC durante a fase média e tardia da lactação e no período seco. O ideal para este período é que as vacas estejam em condição corporal 3 (em uma escala de 1 a 5).
Fonte: Grupo Cultivar

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