Hospital de Monteiro suspende atendimento e descaso vai parar no MP

Diversos moradores da cidade de Monteiro têm feito reclamações de que não estão conseguindo atendimento no Hospital Regional Santa Filomena, principalmente de ações médicas. Há informações de que o hospital teria afastado vários profissionais médicos, pois não havia contratualização formal desses profissionais e isto causou um impacto forte na população, que ficou sem assistência, principalmente na parte de Ortopedia e outras especialidades cirúrgicas, havendo inclusive suspensão de todas as cirurgias marcadas. .

A informação foi confirmada pela presidente do Conselho Municipal de Saúde, Adalgisa Gadelha. Segundo ela, ao receber as denúncias, o CMS esteve reunido para tomar uma posição. O Conselho tomou conhecimento também da falta de medicamentos, inclusive antibióticos, e foi deliberado o encaminhamento de ofício à direção da unidade hospitalar cobrando a escala médica dos plantões do mês de dezembro, para um acompanhamento. Por conta de outras denúncias de mau atendimento que haviam sido recebidas anteriormente sem qualquer ação da direção do hospital no sentido de resolver os problemas, mesmo tendo recebido as notificações, o CMS encaminhou cópia da denúncia ao Ministério Público.

Esqueceram da paciente

Existem denúncias de que o descaso é tão grande que uma paciente com cirurgia marcada deu entrada na casa hospitalar logo pela manhã. O cirurgião começou a atender normalmente no bloco cirúrgico, porém ao final dos atendimentos a paciente agendada não chegou ao bloco, o que faz o médico imaginar que a mesma não teria comparecido. Para surpresa, quando o médico já havia encerrado a jornada, constatou-se que a paciente estava internada há várias horas. O resultado é que a cirurgia acabou tendo que ser remarcada para a semana seguinte.

Apoio do município

Adalgisa Gadelha, que é Secretária de Saúde de Monteiro, informou: “Diante dessa situação, o município tem procurado dar  o apoio possível aos usuários com casos mais urgentes que procuram a Prefeitura, mas as dificuldades aumentam porque outros hospitais de retaguarda.também estão com deficiências, numa verdadeira inoperância da rede estadual de saúde“.

Midia10