Após o sexo, um cigarro para complementar o prazer... Aquela tradicional cena tantas vezes exibida no cinema, protagonizada por famosos, onde após a relação sexual, fumar um cigarro demonstrava virilidade, status e glamour está, cada vez mais, fora de moda. Isso porque, segundo a medicina, o cigarro prejudica o desempenho sexual, diminuindo o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais, o que interfere negativamente na ereção masculina e lubrificação vaginal da mulher. Aliás, o tabagismo definitivamente está em decadência: recente pesquisa do Ministério da Saúde revela que o número de fumantes vem caindo. De 2006 a 2009, o percentual de fumantes da população brasileira caiu de 16,2% para 15,5%.
Além de interferir na qualidade do ato sexual, o hábito de fumar também pode afetar a capacidade de concepção. Mulheres que não fumam têm o dobro de chances de conceber, quando comparadas às fumantes. “No caso dos homens os dados ainda são inconclusivos, mas estudos sugerem que o tabagismo diminui o desejo sexual e afeta o número, a mobilidade e a morfologia dos espermatozóides”, afirma André Malbergier, professor doutor e colaborador do Departamento de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo.Estudos importantes apresentam a relação entre o tabagismo e disfunção erétil (DE), como por exemplo, o “Massachusetts Male Aging Study”, realizado nos Estados Unidos, que encontrou o dobro de chance de DE moderada ou completa em indivíduos que fumam há aproximadamente 10 anos. A tendência dos fumantes que ainda não estão motivados e preparados para parar de fumar é minimizar ou ignorar os dados que mostrem essa relação por meio de mecanismos de defesa psicológicos. “Porém, esse fato pode ser um ‘gancho’ para o tratamento e aumento da motivação dos fumantes. Já para os motivados, esses dados podem servir como um incentivo maior para a abstinência”, diz o professor.
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