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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Trabalho das rendeiras do Cariri atrai celebridades e passarelas do mundo

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Simpáticas, guerreiras, talentosas, empreendedoras e com fé no futuro. Assim podemos resumir as rendeiras do Cariri Paraibano. Doutoras em uma arte herdada das avós, elas lutam para manter a tradição e ao mesmo tempo sobreviver. A região, que apresenta um dos mais baixos índices pluviométricos do Brasil e que sofre com processo de desertificação, é referência quando se fala na arte de tecer rendas.

É na cidade de São João do Tigre, uma das cinco que integram o polo da renda renascença da Paraiba, que funciona a cooperativa de mulheres rendeiras, a Coptigre. “Aqui em São João do Tigre a gente já nasce sabendo a fazer renda”, brinca a presidente da cooperativa de rendeiras, Maria de Lourdes Oliveira.

Na Paraíba, o artesanato chegou com o trabalho das freiras missionárias, que ensinaram o ofício para as mulheres. Hoje, a atividade está concentrada na região do Cariri, com maior densidade de artesãs rendeiras nos municípios de Camalaú, Monteiro, São João do Tigre, Zabelê e São Sebastião do Umbuzeiro

Dona Lourdinha, como gosta de ser chamada, já ensinou o ofício às duas filhas e hoje preside o grupo formado por trinta mulheres. Ela lembra das dificuldades que enfrentou antes do apoio que recebeu do Governo do Estado, do Sebrae e das Ongs 8 de Março e Cunhã. “A gente fazia renda com material emprestado, pedia a uma e outra, não tinha canto certo para trabalhar. Há dois anos, fundamos a cooperativa e, através do programa do Artesanato, começamos a viajar, participar dos salões e a divulgar nosso trabalho”, disse.

Mensalmente o grupo recebe capacitação das Ongs, que visitam as rendeiras do Cariri para acompanhar os trabalhos. Já o Sebrae capacita as artesãs, oferecendo cursos específicos, orientando as rendeiras sobre empreendedorismo e gestão.

“Oferecemos consultoria orientando as artesãs desde a concepção do material gráfico dos produtos até as vendas. Mostramos como deve funcionar a comercialização e também capacitamos as cooperativas e associações com relação a organização gerencial do negócio. Trabalhamos no sentido de fortalecer a cadeia produtiva da renda”, informou o coordenador regional do Artesanato do Cariri do Sebrae, João Jardelino da Costa.

No ano que vem, o trabalho produzido pelas rendeiras paraibanas já tem endereço certo nas cidades sede da Copa das Confederações, que acontece como parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. “A Paraíba vai estar representada em alguns showrooms das seis capitais nacionais na competição”, disse o coordenador.  O Programa do Artesanato Paraibano oferece suporte e apoio na realização de feiras e Salões de Artesanato tanto na Paraíba quanto em outros estados.

A renda – A renda renascença teve origem ao século XVI, tendo como berço de origem a ilha de Burano, em Veneza, na Itália.

Na Paraíba, o artesanato chegou com o trabalho das freiras missionárias, que ensinaram o ofício para as mulheres. Hoje, a atividade está concentrada na região do Cariri, com maior densidade de artesãs rendeiras nos municípios de Camalaú, Monteiro, São João do Tigre, Zabelê e São Sebastião do Umbuzeiro.

Centenária, passada de geração em geração entre as famílias da região, a técnica é famosa pelo estilo de bordado feito exclusivamente a mão.

E são as mãos caprichosas de dona Severina Correia que, de ponto em pontos, tecem mais um dia. “Desde os sete anos trabalho com renda, também aprendi bordado e outros trabalhos manuais. Faço meus trabalhos em casa e na cooperativa, já não tenho tanto tempo quando antes, tenho que tomar conta da casa, mas o tempo que me sobra, estou aqui”, disse a artesã.

Na cooperativa, uma bordadeira depende da outra. A próxima encomenda já tem data, destino certo e tem tomado os dias de dez artesãs. “Um casal de Vitória (ES) encomendou 500 peças para presentear os convidados. Estamos correndo contra o relógio, trabalhando muito para entregar na data certa”, disse a rendeira Tereza Cristina.

“Ficamos felizes em ver a Paraíba ser vendida para as principais cidades do Brasil e algumas do Exterior”, disse orgulhosa a artesã.

Herança – A renda trouxe perspectiva e melhorou a vida das mulheres do Cariri Paraibano, que, além da batalha pelo sustento diário, lutam para perpetuar a tradição herdada das avós. “Tenho duas filhas que trabalham comigo desde criança. Com certeza vão passar o que eu ensinei para as filhas delas”, comentou dona Lourdes.

Hoje, a renda renascença da Paraíba volta para Europa e para outros cantos do mundo, através das criações da estilista alagoana Martha Medeiros. As peças adquiridas na Paraíba já se tornaram obrigatórias no guarda roupa das atrizes e estão sendo exportadas para lugares a exemplo do Japão, França e Estados Unidos. A renda renascença produzida no Cariri também já foi tema do desfile do estilista Ronaldo Fraga na São Paulo Fashion Week e recentemente brilhou na semana de moda de Londres. Parece que as mulheres rendeiras da Paraíba estão mesmo ensinando o mundo a fazer renda.

Programa de artesanato da Paraíba - O Programa do Artesanato da Paraíba tem revelado o talento de centenas de artesãos de todas as regiões do estado com os mais diferentes tipos de trabalhos. Além de divulgar as atividades dos artistas, o Programa incentiva negócios.  Para a gestora do PAP, Ladjane Barbosa, o objetivo do programa é estimular, capacitar e dar visibilidade ao artesanato paraibano.

“Nossa intenção é fomentar cada vez mais o desenvolvimento do artesanato paraibano, para que, além do reconhecimento seja ele nacional ou internacional, possamos trabalhar de forma integrada com o turismo, melhorando as condições de vida dos artesãos e artistas, gerando trabalho, renda, preservando as formas de identidade cultural de cada região”, explicou a coordenadora.

Secom-PB

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