Ao menos 47 crianças com idade entre 4 e 6 anos morreram neste sábado (17) no Egito após o ônibus no qual viajavam ser atingido por um trem em uma passagem de ferrovia na província de Asiut (centro), informou o governador Yehya Keshk.
Inicialmente, as autoridades informaram que 40 crianças haviam morrido no acidente.
"O número de mortos chega agora a 47. Há 13 crianças feridas", disse o governador da província à rede de TV pública.
Além das crianças, morreram o motorista do veículo e duas pessoas responsáveis pelos alunos, que informou que o acidente aconteceu por volta das 8h (hora local) próximo à cidade de Manfalot, 400 quilômetros ao sul do Cairo.
O ônibus, que transportava 60 crianças em uma excursão organizada pela creche que frequentavam, cruzava uma passagem ferroviária em Manfalut (356 km ao sul do Cairo) quando foi atingido por um trem, informou a polícia.
De acordo com o relato do médico de Asiut, cujo nome não foi divulgado, “testemunhas disseram que as barreiras foram abertas no momento em que o ônibus cruzou os trilhos, e o trem colidiu com o veículo”, declarou o médico Mohamed Samir.
Ministro dos Transportes renuncia
Logo após o acidente, o ministro dos Transportes apresentou sua renúncia ao presidente egípcio, Mohamed Mursi, por sua responsabilidade política no acidente, após ter aceitado a demissão e a investigação sobre o chefe da Empresa Nacional de Ferrovias, Mustafa Qanaui.
O estado das ferrovias egípcias deixa muito a desejar devido à falta de manutenção e a uma gestão ruim. A pior tragédia no país ocorreu em 2002, quando ao menos 360 passageiros morreram no incêndio de um trem.
Os acidentes ferroviários e de trânsito são frequentes no Egito devido à má qualidade dos veículos e das estradas, à imprudência dos motoristas e à má sinalização das vias.
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, pediu aos demais ministros do país que ofereçam apoio às famílias das vítimas. O governador de Assiut, Yahya Keshk, adiantou que o caso será investigado.
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