Um avião levanta voo para borrifar água em nuvens escuras avistadas por agricultores do interior da Bahia.
A técnica visa estimular a chuva, mínima que seja, sobre plantações de abacaxi, para evitar um colapso da agricultura familiar na região da Chapada Diamantina.
Segundo agricultores da região, já houve dez precipitações de 5 a 10 mm de água desde a semana passada, quando os voos começaram --um milímetro de chuva equivale a um litro por m².
As gotas despejadas pelo avião colidem com as gotículas da nuvem, aglutinando-as e fazendo-as aumentar de tamanho. Mais pesadas, elas caem em forma de chuva.
A tecnologia, desenvolvida por empresa de São Paulo, já foi usada pela Sabesp para provocar chuvas sobre reservatórios em São Paulo.
A experiência custou R$ 200 mil ao governo baiano, valor do contrato emergencial com a empresa que "semeia" nuvens durante 12 horas de voo.
O local da experiência, segundo o secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, foi escolhido com base na existência de nuvens com potencial de chuva e na situação dos agricultores.
"Para o abacaxi, pouca água já é muito porque a planta armazena umidade. Algumas perdas já foram evitadas", afirmou Railton Amorim, da Cooperativa de Produtores de Abacaxi de Itaberaba (262 km de Salvador).
No município, 2.000 pequenos produtores cultivam cerca de 4.000 hectares. Colhem 70 milhões de frutos por ano, que injetam R$ 100 milhões na economia.
A Bahia vive uma das piores secas da história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Só serão publicado comentários, com identificação não perca seu precioso tempo de comentar sem se identificar!!