Nada é mais tradicional no Sertão nordestino do que o jumento. Este animal que popularmente é chamado de jegue já foi a principal montaria para o transporte de pessoas e cargas no interior das caatingas. Onde não dava para ir no Jeep, o jumento chegava sem qualquer problema. No transporte de mantimentos, água, pessoas, etc. Toda família no interior do Sertão tinha seu jumentinho para realizar suas atividades diárias, principalmente, a busca de água para beber. Essas qualidades do jumento foram devidamente reconhecidas pelo Padre Antônio Vieira em seus sermões lá no interior do Ceará na capela de Várzea Alegre. Foi ele que em 1964 exaltou o jumento no livro “O jumento, nosso irmão” em 1964. Com essa campanha veio a música de Patativa do Assaré e Luiz Gonzaga intitulada “É verdade, meu senhor / Essa estória do sertão / Padre Vieira falou / Que o jumento é nosso irmão”. Todavia, como tudo passa, os tempos de glória do jumento passou, hoje com as facilidades de transportes, motos, caminhões chegando em todos os rincões do Sertão, os jumentos estão abandonados nas caatingas e as margens das rodovias causando graves acidentes.
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