Impedida de fazer pagamentos por suspeita de pirâmide financeira, a empresa Telexfree afirmou em um comunicado divulgado neste sábado (20) que ofereceu à Justiça do Acre uma garantia de quase R$ 660 milhões para desbloquear suas contas e voltar a operar no País.
O pedido ainda não foi analisado, segundo a companhia, porque todos os juízes responsáveis estariam de férias quando foi feita a contestação, e os magistrados substitutos, por sua vez, residiriam em uma cidade a 226 km da capital acreana Rio Branco, onde o processo está em andamento.
A empresa afirmou na nota ter "juntado em sua defesa um parecer de viabilidade econômica”, firmado por especialistas na área, e reiterou não haver “relação de consumo entre a Telexfree e seus divulgadores, mas sim uma relação comercial”, já que os envolvidos teriam o intuito de obter lucro com a revenda de contas VOIP (voz sobre IP).
Entenda o caso Telexfree
No dia 18 de junho, uma decisão judicial impediu a Telexfree de fazer pagamentos aos seus divulgadores e cadastrar novos integrantes em todo o Brasil. A juíza Thaís Khalil, responsável pela suspensão dos pagamentos, recebeu ameças de morte por email, telefone e pelas redes sociais.
Após os recursos da empresa terem sido derrotados no Tribunal de Justiça do Acre, uma série de protestos organizados pelos divulgadores tomou conta do País, contra a denúncia do Ministério Público do Acre, que levou ao bloqueio das contas. Houve registro de um ônibus danificado durante uma manifestação em Rio Branco.
O caso telexfree desencadeou uma série de novas suspeitas de pirâmide financeira . O número de empresas na mira do Ministério Público subiu de sete, em julho, para 18 na última semana. A BBom, que tem cerca de 300 mil associados, também teve as transações financeiras bloqueadas pela Justiça.
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