Estudo sugere que amamentação aumenta risco de doença de pele no bebê

Apesar de todos os benefícios reconhecidos do aleitamento materno nos primeiros meses de vida do bebê, parece que amamentar por mais tempo pode aumentar os riscos de a criança desenvolver uma alergia na pele chamada eczema - que afeta cerca de 12% dos bebês -, segundo estudo taiwanês publicado na última edição da revista Pediatric Allergy and Immunology. De acordo com os autores, essa inflamação na pele com raízes genéticas, muitas vezes, ocorre antes de o bebê completar um ano, mas pode durar a vida inteira

Os resultados do estudo com mais de 18 mil crianças contrariam a crença geral de que a amamentação exclusiva por mais tempo poderia proteger a criança contra dermatite atópica - um tipo de eczema. Acompanhando-as por 18 meses, os especialistas notaram que o aleitamento materno por mais tempo não apenas não protege contra esse problema de pele, como pode aumentar as chances de a criança ter a dermatite após seu primeiro ano.

Entretanto, os autores destacam que os resultados não questionam os benefícios da amamentação exclusiva, pois a grande maioria dos participantes, assim como a população taiwanesa, também dá ao bebê outros alimentos ainda nas primeiras semanas. “Não podemos excluir os outros potenciais benefícios do aleitamento materno”, destacou o pesquisador Chao-Hua Chuang, acrescentando que os resultados não sugerem modificações nas recomendações para a amamentação exclusiva nos primeiros quatro meses.