Pessoas que trabalham como pintores profissionais podem ter um maior risco de desenvolver câncer de bexiga, segundo estudo francês que será publicado na edição de agosto da revista científica Occupational and Environmental Medicine. Avaliando quase 3 mil casos de câncer de bexiga em pintores, que foram relatados em 41 estudos, os pesquisadores da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer observaram que, quanto mais tempo uma pessoa trabalha como pintor profissional, maiores os riscos de desenvolver a doença.
De acordo com os pesquisadores, comparados à população geral, os pintores teriam 30% mais chances de ter câncer de bexiga, independentemente do hábito de fumar - principal fator de risco para a doença. E, em alguns estudos, outras profissões relacionadas à pintura também foram associadas a maiores riscos, incluindo pedreiros, vidraceiros, aplicadores de papel de parede, artistas e decoradores. “As evidências neste caso são claramente bem definidas e consistentes. Os riscos em excesso são encontrados em todos os continentes, em ambos os sexos, com diferentes definições de 'pintor' e após o ajuste por tabagismo” destacou o especialista Paolo Vineis, do Imperial College, em Londres, que não participou do estudo.
Os especialistas ressaltam, entretanto, que ainda não estão claros quais agentes nas tintas podem estar associados ao maior risco de câncer, pois a revisão realizada envolve grande variedade de trabalhos, diferentes níveis de exposição e diversas composições de tinta, que foram modificadas ao longo dos anos. Por isso, mais estudos são necessários para confirmação.
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