Prefeitos afirmam que demissões de temporários vão paralisar municípios

As demissões de servidores pro tempore e prestadores de serviços, no prazo de três meses, como quer o Ministério Público Estadual (MPE), parariam o serviço público e inviabilizariam as administrações na grande maioria dos 223 municípios da Paraíba. É o que pensa o presidente da Federação das Entidades Sindicais de Servidores Públicos Municipais da Paraíba, Francisco de Assis Pereira, com base em levantamento feito pela entidade junto às prefeituras. Segundo Francisco de Assis Pereira, as prefeituras mantêm em seus quadros pelo menos 20 mil servidores contratados por excepcional interesse público, a exemplo de professores, médicos, garis, vigias, motoristas, merendeiras, entre outros. Ele  criticou a recomendação do Ministsério Público em relação às demissões de servidores. De acordo com o presidente da federação, o Ministério Público fez apenas uma recomendação e “não tem poderes para mandar demitir e muito menos de colocar prefeito na cadeia”. De acordo com ele, antes de mandar demitir prestadores de serviços e servidores pro tempore dos municípios, o Ministério Público teria que mandar demitir também no âmbito do Governo Federal, Governo do Estado, Poder Judiciário, Tribunal de Contas e do próprio Ministério Público. Alguns prefeitos concordam com o pensamento de Francisco de Assis Pereira e falam na realização de concursos publicos para resolver o problema.