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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Jovem com deformações na face sonha com cirurgia plástica após ser diariamente vítima de preconceito

Jovem com deformações na face sonha com cirurgia plástica após ser diariamente vítima de preconceitoAlgumas deformações no rosto de uma jovem de Peruíbe, no litoral de São Paulo, fazem com que ela seja alvo de preconceito e de situações humilhantes desde a infância. Dois dentistas de Santos resolveram oferecer tratamento gratuito para ela, mas falta estrutura física para realizar as cirurgias que ela precisa. De acordo com ela, somente assim surgirá a possibilidade de ser aceita em um emprego e ter a sensação de que é uma pessoa normal e que também faz parte da sociedade.

Luciene Anselmo de Faria, de 26 anos, sofre com as consequências de uma má formação no rosto. Ela tem um problema na mandíbula que deixa o seu rosto torto e lhe prejudica no dia a dia. Ela consegue comer mas, como respira apenas pela boca, às vezes, sente falta de ar. Além disso, Luciene nasceu sem uma das orelhas e não escuta nada do lado direito.

Mas o maior problema é a sua aparência. Ela conta que é vítima de preconceito desde a infância. “Minha mãe falou que eu nasci assim. Sou assim desde criança. Eu chorava muito e não queria ira para a escola. As pessoas falavam que eu usava uma máscara de Halloween”, explica.

Mesmo adulta, o preconceito continuou. Ela diz que passa por várias humilhações e nunca conseguiu um emprego por causa da sua fisionomia. “Toda a vez que eu mando currículo, eu vou fazer a entrevista e não consigo entrar por causa do meu problema”, acredita. Antes de se casar com o atual marido, ela engravidou e teve dois filhos, uma menina, que atualmente tem 5 anos, e um menino, de 3 anos. Luciene conta que o pai das crianças a deixou por causa da aparência. “Ele mandou eu tirar o bebê porque pensou que ele ia ficar que nem eu. Depois, ele chegou a conhecer mas eu não deixei registrar”, relata.

Por causa da fisionomia, ela foi procurar um tratamento com especialistas. Marcelo Quintela, professor de ortodontia da Universidade Metropolitana de Santos, conheceu o caso de Luciene há algum tempo. Ele explica que Luciene foi crescendo, mas a mandíbula dela não se desenvolveu. “Ela ficou com uma mandíbula infantil. Alguma coisa aconteceu durante a gestação. É possível que ela tenha tido alguma má formação porque ela também não teve desenvolvimento ouricular”, diz o dentista.

Segundo ele, que vem acompanhando a dificuldade que Luciene tem em encontrar emprego e se relacionar com as pessoas sem sofrer preconceito, seria necessário realizar várias cirurgias. “A primeira para colocar parafusos na mandíbula. Eles são caríssimos, não tem no Brasil. Depois vamos abrindo os parafusos e criando osso entre uma parte e outra da mandíbula. Depois, precisa de aparelho para colocar os dentes no lugar e fazer a segunda cirurgia para ela morder direitinho”, explica. Apenas depois dos procedimentos dentários é que seria analisado a parte da audição de Luciene.

Quintela e os dentistas Almir Lima Junior, também professor da universidade, e Alessandro Silva, especialista em cirurgia bucomaxilar, já estão realizando um tratamento gratuito com Luciene e a preparando para uma cirurgia. “Estamos colocando um aparelho nela para alinhar os dentes superiores e inferiores para quando fazer a cirurgia poder fazer o encaixe deles”, explica Lima. Mas, para ela entrar na mesa de operação, ela precisa de ajuda porque não tem condições financeiras para pagar o material e a estrutura de um hospital.

Os dois dentistas acreditam que a ajuda virá de algum lugar. Quintela conta que, em 2012, uma paciente, também com problemas na mandíbula e que conseguiu realizar o procedimento com a ajuda de um hospital de Santos. Porém, ele disse que a unidade de saúde foi vendida neste ano.  “A gente fez algo semelhante. Consegui centro cirúrgico, material cirúrgico, foi conseguido tudo em uma rede de solidariedade. Era um caso que muito mais ligado a dor, a pessoa não conseguia abrir a boca de jeito nenhum, mas é a mesma situação de carência de Luciene”, lembra. Almir também acredita nessa corrente do bem. “Estamos certos que vamos conseguir ajuda”, diz.

Enquanto isso, Luciene segue a preparação com os dentistas e sonha com dias melhores. “Eu só quero que faça a cirurgia, não quero saber do jeito que vai ser. Mesmo com dificuldades, nunca trabalhei, eu tenho vontade de ter minha independência. Quando as pessoas falam que eu sou feia na frente dos outros eu fico normal, eu não falo nada, depois eu choro. Eu não to feliz, eu tenho vergonha”, disse.

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