Especialista ensina como prevenir a doença que mais atinge as mulheres brasileiras
O câncer de mama é considerado o segundo tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% de novos casos a cada ano. Apesar da alta prevalência, o mastologista Ivo Carelli, diretor da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), alerta que algumas atitudes podem prevenir a doença.
— Engravidar antes dos 30 anos e amamentar o bebê por mais de seis meses são considerados métodos preventivos, já que é neste período que a mama se desenvolve por completo e os hormônios produzidos durante a gestação e o aleitamento materno protegem a mulher da doença.
Controlar o peso também é uma forma de afastar o câncer, já que a obesidade na menopausa aumenta em duas vezes o risco de desenvolver o problema. De acordo com o oncologista Artur Malzyner, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, o excesso de peso contribui para o aumento da produção do hormônio feminino estrógeno, que quando encontrado em grandes quantidades no organismo da mulher pode provocar a doença.
— Os níveis desse hormônio deveriam estar diminuindo nessa fase da vida devido à perda de função dos ovários.
Neste período é comum as mulheres recorrerem à terapia de reposição hormonal para amenizar os efeitos colaterais da ausência da menstruação, mas Carelli adverte que o tratamento pode estimular o surgimento do câncer.
— Estudos mostram que há um aumento bem discreto na incidência de câncer de mama. Sendo assim, a recomendação é que apenas as mulheres que apresentam fortes ondas de calor com piora significativa da qualidade de vida sejam submetidas ao método.
Por outro lado, o médico acrescenta que o excesso de peso antes da menopausa não eleva o risco da doença, inclusive até diminui. Uma das explicações, segundo ele, é que mulheres obesas não ovulam adequadamente, ou seja, podem passar meses sem menstruar e, consequentemente, isso diminui a produção de hormônio feminino.
No entanto, o mastologista José Luiz Bevilacqua, do Hospital São Luiz, enfatiza que manter uma alimentação equilibrada e praticar exercício físico é essencial.
— Ganho de peso irregular, consumo exagerado de gorduras e de álcool são fatores que prejudicam o bom funcionamento do organismo e favorecem o desenvolvimento do câncer de mama.
O especialista destaca, ainda, que mulheres que já passaram por tratamento de câncer também devem aplicar esses hábitos no dia-a-dia.
Histórico familiar
O mastologista da SBM orienta atenção redobrado para as mulheres que tenham três familiares maternos ou paternos com câncer de mama ou dois parentes de primeiro grau (mãe e irmã).
— Neste caso o ideal seria fazer um estudo genético, o mesmo que fez a atriz Angelina Jolie, mas por ser muito caro e pouco acessível à população, o recomendado é fazer a mamografia com dez anos de antecedência do diagnóstico do familiar que teve a doença.
O especialista alerta que quanto mais cedo for a descoberta do câncer, maiores são as chances de cura. A recomendação para as mulheres em geral é iniciar os exames a partir dos 40 anos.
De acordo com os dados do Inca, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Diante do quadro, Bevilacqua reforça que "a prevenção e o diagnóstico precoce são as formas mais eficazes para reduzir essas estatísticas”.
O câncer de mama é considerado o segundo tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% de novos casos a cada ano. Apesar da alta prevalência, o mastologista Ivo Carelli, diretor da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), alerta que algumas atitudes podem prevenir a doença.
— Engravidar antes dos 30 anos e amamentar o bebê por mais de seis meses são considerados métodos preventivos, já que é neste período que a mama se desenvolve por completo e os hormônios produzidos durante a gestação e o aleitamento materno protegem a mulher da doença.
Controlar o peso também é uma forma de afastar o câncer, já que a obesidade na menopausa aumenta em duas vezes o risco de desenvolver o problema. De acordo com o oncologista Artur Malzyner, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, o excesso de peso contribui para o aumento da produção do hormônio feminino estrógeno, que quando encontrado em grandes quantidades no organismo da mulher pode provocar a doença.
— Os níveis desse hormônio deveriam estar diminuindo nessa fase da vida devido à perda de função dos ovários.
Neste período é comum as mulheres recorrerem à terapia de reposição hormonal para amenizar os efeitos colaterais da ausência da menstruação, mas Carelli adverte que o tratamento pode estimular o surgimento do câncer.
— Estudos mostram que há um aumento bem discreto na incidência de câncer de mama. Sendo assim, a recomendação é que apenas as mulheres que apresentam fortes ondas de calor com piora significativa da qualidade de vida sejam submetidas ao método.
Por outro lado, o médico acrescenta que o excesso de peso antes da menopausa não eleva o risco da doença, inclusive até diminui. Uma das explicações, segundo ele, é que mulheres obesas não ovulam adequadamente, ou seja, podem passar meses sem menstruar e, consequentemente, isso diminui a produção de hormônio feminino.
No entanto, o mastologista José Luiz Bevilacqua, do Hospital São Luiz, enfatiza que manter uma alimentação equilibrada e praticar exercício físico é essencial.
— Ganho de peso irregular, consumo exagerado de gorduras e de álcool são fatores que prejudicam o bom funcionamento do organismo e favorecem o desenvolvimento do câncer de mama.
O especialista destaca, ainda, que mulheres que já passaram por tratamento de câncer também devem aplicar esses hábitos no dia-a-dia.
Histórico familiar
O mastologista da SBM orienta atenção redobrado para as mulheres que tenham três familiares maternos ou paternos com câncer de mama ou dois parentes de primeiro grau (mãe e irmã).
— Neste caso o ideal seria fazer um estudo genético, o mesmo que fez a atriz Angelina Jolie, mas por ser muito caro e pouco acessível à população, o recomendado é fazer a mamografia com dez anos de antecedência do diagnóstico do familiar que teve a doença.
O especialista alerta que quanto mais cedo for a descoberta do câncer, maiores são as chances de cura. A recomendação para as mulheres em geral é iniciar os exames a partir dos 40 anos.
De acordo com os dados do Inca, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Diante do quadro, Bevilacqua reforça que "a prevenção e o diagnóstico precoce são as formas mais eficazes para reduzir essas estatísticas”.
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