Quatorze
dias depois do início da greve dos bancários na Paraíba, o comércio
sente os efeitos. Através de nona publicada pela Câmara dos Diretores
Lojistas (CDL), na manhã desta quarta-feira (02), a classe empresarial
fez um apelo para o retorno dos bancários ao trabalho. Segundo a CDL, a
paralisação impede que o comércio honre seus compromissos financeiros
com fornecedores e trabalhadores.
Nesta terça-feira (01), o Ministério Público do trabalho pediu uma multa
de R$ 60 mil contra o Sindicato dos Bancários. O procurador do Trabalho
Eduardo Varandas entendeu que a entidade não cumpriu o acordo
estabelecido na semana passada com o próprio Ministério Público, de
manter o mínimo de funcionamento.
O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, nega que o
acordo esteja sendo descumprido. Segundo ele, a categoria cumpriu todos
os pontos acertados com o Ministério Público do Trabalho e os serviços
essenciais foram mantidos.
Na nota, a classe empresarial representada pela Câmara de Dirigentes
Lojistas de João Pessoa expressa sua preocupação com o prolongamento da
greve dos bancários, deflagrada em 19 de setembro. "A situação está
prejudicando os empresários que, impossibilitados pela paralisação, não
conseguem honrar seus compromissos financeiros e prejudica também o
consumidor, que encontra dificuldade para sacar/depositar quantias. A
CDL reconhece o valor da greve como instrumento histórico de luta por
melhores condições de trabalho, porém, em nome da categoria lojista, faz
um apelo no sentido de que haja um entendimento rápido entre as partes
antes que a greve prejudique ainda mais a já fragilizada economia da
cidade", afirma.
Reivindicações
Os bancários entraram em greve para pressionar os bancos a conceder um
aumento salarial de 11,93%, mas o que foi oferecido foi reajuste de
6,1%. O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos
Henriques,disse que as principais reivindicações estão relacionadas às
condições de trabalho, desde assédio moral à segurança.
“Os bancários estão adoecendo devido aos excessos de trabalho por
cobranças abusivas. Um a cada quatro bancários toma remédios controlados
por casa da pressão no trabalho. Queremos melhoria na segurança dos
bancos, cujo índice de assaltos é alarmante na categoria bancária,
chegando a 205% maior do que o mesmo período do ano passado. Queremos
mais ações preventivas de segurança, divisão melhor da participação dos
lucros e resultados, contratação de mais trabalhadores para atender a
demanda”, relatou.
Da Redação com passa palavra
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