O estudo não prova a relação de causa e efeito, apenas uma associação
Coma cenoura. E um pouco da abóbora que sobrou de ontem. Pessoas com altos níveis de alfa-caroteno no sangue --o antioxidante encontrado em frutas e vegetais de cor laranja-- vivem mais e possuem menor probabilidade de morrer de doença cardíaca e câncer do que pessoas com pouca ou nenhuma quantidade de alfa-caroteno no sangue, de acordo com um novo estudo.
O estudo não prova a relação de causa e efeito, apenas uma associação. Mesmo assim, os resultados são intrigantes. Pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças analisaram níveis de alfa-caroteno em amostras de sangue de mais de 15 mil adultos que participaram de um estudo de acompanhamento da terceira Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, de 1988 a 1994. Até 2006, os pesquisadores observaram que 3.810 participantes tinham morrido. Os que tinham maiores níveis de alfa-caroteno tiveram maior probabilidade de terem sobrevivido, mesmo depois que os cientistas controlaram variáveis como idade e tabagismo.
As pessoas com maior concentração do antioxidante tinham quase 40% menos probabilidade de terem morrido do que as com concentração menor de alfa-caroteno. Os indivíduos com níveis intermediários tinham probabilidade 27% menor de terem morrido do que aqueles com concentração menor de alfa-caroteno.
"É muito impressionante", disse o epidemiologista Chaoyang Li, principal autor do estudo, que foi publicado online no dia 22 de novembro no "Archives of Internal Medicine".
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