Médicos americanos prescrevem antibióticos para seis em cada dez pacientes com dor de garganta,
embora apenas uma única infecção entre dez seja severa o suficiente
para justificar essa indicação, anunciaram pesquisadores na quinta-feira
(3), em San Francisco. Os resultados do estudo foram publicados no
"Journal of the American Medical Association" (Jama).
O excesso de antibióticos é perigoso porque contribui para o aumento de bactérias resistentes aos tratamentos, alertaram os cientistas.
Autoridades americanas do setor de saúde
advertem que quase todas as principais infecções bacterianas no mundo
estão se tornando resistentes aos tratamentos mais comuns com
antibióticos.
A
atual pesquisa, conduzida por Michael Barnett e Jeffrey Linder, da
Universidade Harvard e do Brigham and Women's Hospital, inclui dados de
mais de 8.100 visitas a consultórios e salas de emergência, entre 1997 e
2010.
Inicialmente,
os percentuais de prescrição de antibióticos ficavam em torno de 80%, e
na década passada caíram para 60%, apontou o estudo.
"Entre
os adultos que solicitaram tratamento para dor de garganta, a
prevalência da infecção pelo grupo Streptococcus pyogenes – única causa
comum de dor de garganta que requer antibióticos – foi de cerca de 10%",
constataram os cientistas.
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