quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Praga que devastou palma no Cariri Ocidental está de passagem comprada para Barra de Santana
A Cochonilha do Carmim (Dactylopius coccus) tem demonstrado seu vigor e capacidade enquanto devastadora dos palmais no semiárido paraibano e desta vez sinalizando seu próximo ataque aos campos de palma do município de Barra de Santana, Cariri Oriental paraibano.
O tema foi evidenciado no último domingo (2) pelo pesquisador da Emepa, Edson Batista Lopes, afirmando que o município de Barra de Santana é a bola da vez já que a praga conseguiu infestar-se em mais de 50% dos campos produtivos do município de Caturité que faz divisa com Barra de Santana que é uma das mais importantes bacias leiteiras da região.
“A situação está difícil em Caturité. Acho que hoje 50% das propriedades já estão infestadas. Tem áreas lá em que três hectares assim de palma de cinco anos a cochonilha deixou toda no chão. É incrível o poder de proliferação dessa cochonilha e o poder de destruição é violento. Eu nunca vi uma praga tão violenta como a cochonilha do carmim. Tem propriedades que os proprietários já abandonaram porque o controle é muito caro”, explica Batista Lopes.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Paulo Barreto Medeiros, falou sobre as ações que serão implementadas ainda no início desse semestre 2011, a exemplo da utilização das variedades desenvolvidas pela Emepa no sentido de que quando a praga venha a chegar em breve as variedades já estejam implantadas e, desta forma, o município não venha sofrer os prejuízos em conseqüência da temível praga.
“O momento é de susto, os produtores de Barra de Santana começam a se assustar, ainda não tiveram uma visão ampla do grande problema, mas só em ouvir falar já estão assustados porque Caturité já começa demonstrar a preocupação grande com a perda grande de seus campos de palmas e agora Barra de Santana está começando a se assustar”, explica o diretor sindical.
Paulo acrescentou que os indícios deixam claro que Barra de Santana será mesmo o próximo território a ser atacado pela praga e lamentou que as autoridades locais não tenham manifestado qualquer preocupação com a realidade, o que tem feito com que a entidade dos agricultores busquem desenvolver atividades que chamem a atenção dos produtores para a realidade perigosa que o município se aproxima, já que a palma representa hoje o principal produto alimentício do rebanho bovino.
Com Studio Rural
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