O queijo de coalho artesanal produzido por agricultores familiares não obedece a um padrão de qualidade, o que afeta tanto o formato do queijo quanto a segurança do alimento para o consumidor. Essa característica impede sua comercialização para além dos limites municipais e faz com que o valor pago pelo produto seja reduzido. Um projeto da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE), em parceria com instituições estaduais de pesquisa do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, busca promover a melhoria no processo de fabricação do queijo coelho artesanal, desde a coleta do leite até sua comercialização.
O analista da Embrapa Agroindústria Tropical, João Bosco Cavalcante recomenda que os pequenos produtores devem participar de cursos de Boas Práticas Agrícolas - BPA´s com foco na ordenha higiênica; Boas Práticas de Fabricação - BPF´s com foco na melhoria do processo de produção através de práticas higiênicas; e de Plano de Negócios, com foco na melhoria da administração financeira da Unidade familiar.
Nos cursos também é ensinado o uso do soro para produção de ricota e bebida lactea, visando o aumento da renda e a segurança alimentar do agricultor familiar. Segundo o pesquisador da Embrapa Agorindústria Tropical, José Carlos Machado Pimentel, a adoção dos conhecimentos ofertados ao produtor de queijo familiar possibilita sua entrada no mercado, com um produto de qualidade e com requisitos de segurança. Segundo Pimentel, a melhoria no processo de fabricação de queijo de coalho artesanal para a agroindústria familiar pode ser replicada em qualquer região do Brasil.
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