Por incrível que pareça, mesmo após quase três anos de sua morte, Clodovil continua assombrando a RedeTV! Além de passar por uma crise, tendo alguns salários de seus funcionários atrasados, a emissora pode sofrer mais um baque. É que o processo que o apresentador movia contra o canal de Amílcare Dalevo e Marcelo de Carvalho desde a quebra de seu contrato, em 2005, continua, tendo como representante legal sua advogada, Dra. Maria Hebe Pereira de Queiroz.
No último movimento dessa ação, que hoje já está em R$ 3 milhões, a advogada entrou com um pedido de bloqueio das verbas de merchandising de três anunciantes da RedeTV!: Ministério da Saúde, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A intenção é receber a quantia pleiteada através do bloqueio. A Justiça já notificou os anunciantes, porém, os valores ainda não foram depositados.
“Eu fiz o pedido a fim de que fosse efetuado o bloqueio de valores que eventualmente esses órgãos tenham a pagar a título de merchandising à citada emissora.Esse pedido foi aceito e a expedição de ofícios a cada um desses anunciantes foi deferida”, conta a advogada em etrevista a O Fuxico.
Na época do início da ação, a RedeTV! foi obrigada a pagar uma multa contratual de R$1 milhão, que aumentou devido à correção.
“Aplicando-se a esse valor a correção determinada pelo Tribunal de Justiça, que mandou corrigir o valor desde outubro de 2003, temos aproximadamente R$3 milhões a receber da Rede TV, ressaltando-se que nesse valor estão incluídos os honorários de sucumbência e as custas judiciais. Portanto, ao espólio de Clodovil deve caber aproximadamente R$ 2,5 milhões”, explica a advogada, acrescentando que a emissora usou de todos os meios para adiar o pagamento da multa, mas perdeu em todos os recursos.
Maria Hebe conta que fez o pedido para que a dívida fosse executada através do bloqueio online dos valores, diretamente na conta da empresa, mas nessa ocasião foi encontrado um saldo de menos de R$ 200.
Segundo explica a advogada, no final de todo o processo, a intenção é que o dinheiro referente a ação seja usado para abrir a Fundação que Clodovil sonhou e que, aliás, fez o pedido em seu testamento.
“Vamos tentar que a abertura da Fundação seja possível. Mas a burocracia para isso é grande e é necessário um patrimônio grande para viabilizar um projeto como esse. Caso não exista mesmo essa possibilidade, o que vou fazer é pedir que o juiz indique, determine uma entidade para ser beneficiada com a quantia”, finaliza Maria Hebe.
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