No ano de 2001 foram registrados 340,9 mm na Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido. Embora esse total seja um volume considerado regular para as condições do semiárido nordestino, o grande problema é a distribuição da chuva no tempo e no espaço. Neste ano, choveu 210,6 mm só no mês de março o que corresponde a 61,77% do total das chuvas do ano. O restante foi distribuído nos demais meses. Com essa distribuição, a produção de milho, feijão, etc. foi severamente afetada. Outro problema grave foi à formação de pastagem para os animais na caatinga. As chuvas não foram suficientes para formar pasto para os animais no período de seca que se agravou de julho a novembro de 2001. Essa situação foi mais grave para os criadores de caprinos e ovinos que tem como base de sustentação de seus rebanhos a vegetação da caatinga. Muitos agricultores só conseguiram salvar partes dos rebanhos com a utilização das cactáceas, entre elas, o mandacaru (Cereus jamacaruP.DC.), o facheiro (Pilosocereus pachycladus F. RITTER), o xiquexique (Pilosocereus gounellei K. Schum) e a coroa-de-frande (Melocactus bahiensis Britton & Rose). Todavia, a ocorrência de secas severas como esta pode contribuir para utilização excessiva destas plantas o que poderá levá-las a extinção num futuro próximo.F.F
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