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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Crônica: O carro de boi

Temas: Antiguidade, costumes e cultura.
Título: O de ontem e o de hoje.
Aqui no cariri ocidental também tem histórias, nas minhas pesquisas buscando o resgate de alguns costumes envolvendo o nosso povo, encontrei um carro de boi antigo, que tem aproximadamente cem (100) anos, e que ate hoje está descansando em baixo de um juazeiro que também faz parte dessa história.
 
Para quem não conheceu o carro de boi antigo, vou descreve-lo em detalhes, vejam como ele é formado: Uma mesa feita de madeira, com uma guia também feita de madeira, fueiros feitos de varas geralmente e pereiro, tipo de árvore típica do semiárido, uma canga feita de madeira com cordas para juntar os pescoços dos bois, um eixo de madeira com rodas de madeiras com anéis de ferro, para suportar o solo pedregoso. Esse é o carro de boi antigo.
Então vamos ao que interessa nessa história, que se insere na nossa cultura.
Entrevistei um dos carreiros que trabalhou muitos anos guiando esse carro tão antigo e histórico. Ele se chama Antônio de Nenzinho ou Antônio Doido, eu perguntei se ele lembrava os nomes dos últimos bois que ele trabalhou junto a esse carro, seu Antônio respondeu que sim e que eram o Borduado e o Xexeu, eram os melhores da região, vejam vocês que esse carro de boi fez parte de nossa história e que ate contribuiu para o desenvolvimento econômico de nosso município. 
Esses carros guiados pelos carreiros e os bois, trabalhavam transportando fibra de sisal e de caroá, e também foi utilizado como transporte humano trazendo as pessoas da fazenda Estrela Dalva para a feira livre da cidade de São Sebastião de Umbuzeiro PB, o carreiro também me falou que eles ou seja o conjunto da história também fez história no Recife, de uma forma indireta é que o dono da propriedade o Dr. André Bezerra, chegou a ver três filhos formados na faculdade, e foram frutos do trabalho tanto dos trabalhadores rurais de uma forma geral e em particular desses personagens citados, que são o carro de boi centenário, os bois e os carreiros, que por aqui passaram.
Carro de boi, sua história não é lenta é o enfeite da fazenda, e o transporte do cariri e do sertão.
Texto escrito pelo Professor: Jair Avelino Silva.

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