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terça-feira, 1 de junho de 2010

Estudo associa uso de antidepressivos na gravidez ao risco de aborto



Mulheres que tomam antidepressivos durante a gravidez têm 68% maior risco de aborto, segundo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá. Baseados em pesquisa com mais de 5 mil mulheres que sofreram aborto e milhares que não tiveram problemas na gravidez, os especialistas recomendam que os médicos discutam, com as gestantes, os riscos e benefícios do uso desses medicamentos.
Publicados na revista da Associação Médica Canadense, os resultados indicaram que 5,5% daquelas que tiveram aborto durante o acompanhamento haviam tomado um tipo de antidepressivo chamado inibidor seletivo de recaptação de serotonina em algum momento da gravidez. Esses antidepressivos foram associados com maior risco de aborto, com as chances de ter o problema aumentando com maiores doses dos medicamentos. “Uma combinação de diferentes antidepressivos dobrava os riscos de aborto”, destacaram os autores.
“Esses resultados, que sugerem um efeito de classe geral dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina, são altamente robustos, dado o grande número de usuárias estudadas”, disse a pesquisadora Anick Berard. Entretanto, os especialistas destacam que tudo deve ser conversado com um médico, pois parar de tomar os antidepressivos pode resultar em uma recaída de depressão, colocando mãe e bebê em risco.

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