A biofortificação é um novo paradigma para a agricultura e uma ferramenta para melhorar a saúde humana. Essa ciência se baseia no desenvolvimento de estratégias biotecnológicas para a biofortificação de alimentos em geral.O projeto, desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria com a Embrapa Hortaliças, Mandioca e Fruticultura Tropical e Agroindústria de Alimentos, é coordenado pela pesquisadora Damares de Castro Monte e tem como objetivo aumentar a quantidade de vitaminas e minerais de alimentos acessíveis à população.
Para chegar a esse resultado, os cientistas vão investir na geração de ferramentas moleculares que permitam a biofortificação, a partir do isolamento, clonagem e caracterização de genes encontrados na natureza. Um dos principais focos da pesquisa, como explica a pesquisadora, é aumentar o teor de carotenóides na banana nanica, que é a variedade mais consumida em todo o mundo. Os carotenóides são moléculas precursoras de vitamina A no organismo humano, fundamental para a saúde, especialmente no que se refere à visão, e cuja falta pode levar à cegueira.
Os estudos de caracterização genética desenvolvidos até o momento permitiram observar que algumas bananas nativas podem ter níveis tão altos de carotenóides que chegam a ser próximos aos encontrados na cenoura. As pesquisas estão sendo iniciadas com banana, que é uma fruta de enorme importância social no Brasil, já que é fundamental para a complementação da dieta alimentar das populações de baixa renda, além de gerar mais de 500 mil empregos diretos no país.
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