Deputado denuncia que obras da transposição terão cunho eleitoreiro em 2014

 

 

O deputado Assis Quintans (DEM), um dos mais árduos defensores da obra de Transposição do rio São Francisco para a região do semi-árido paraibano, constatou que quase não houve avanços na construção das obras, desde o envio do relatório feito pela Assembleia Legislativa da Paraíba, apontando todas as deficiências à presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

Segundo ele, após um ano verificou-se que as obras só avançaram um por cento e está quase paralisada novamente.

- Isso foi evidenciado com muita clareza no nosso relatório. Eu tenho certeza que essa obra só vai ter uma celeridade em 2014, porque terá um cunho eleitoral - advertiu o parlamentar.

O deputado disse ainda que todos os deputados estão convictos que a Assembleia Legislativa está fazendo o seu papel, o seu dever de casa, porque não é o Poder Legislativo que constrói barragens, que perfura poços, mas sugeri e usa da sua prerrogativa de fiscalizar e cobrar.

Ele disse ainda que é preciso que haja uma ação política mais enérgica dos deputados federais e dos senadores, para intercederem junto à Presidência da República e assim seja dada uma dinâmica, e não ficar só pensando nas eleições do próximo ano.

- O que nós queremos é água para beber. A situação da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte é gravíssima e lamentavelmente a classe política, os gestores, estão de braços cruzados - disse.

Indagado se não seria mais um caso de uma mobilização por parte da Assembleia Legislativa, o deputado disse que o Parlamento tem cobrado muito, mas quem teria mesmo muita influência são os deputados federais e senadores, que têm votos nas Casas Legislativas para atender aos desejos da presidente Dilma Rousseff.

- A atuação dela aqui na nossa região deixa muito a desejar, em termos de benefícios para o Nordeste, a não ser as políticas de transferências de renda, políticas compensatórias as quais não sou contra, mas que precisam ser redirecionadas, porque isso é preservar o nível de pobreza e não contribui em nada para diminuir as desigualdades que existem na população paraibana - criticou o deputado.

Hacéldama Borba

PBOnline