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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

sexta-feira, 4 de outubro de 2013 Nível de endividamento dos paraibanos tem nova queda


Nível dos endividados teve nova queda
Nível dos endividados teve nova queda
O nível de endividamento dos consumidores na região metropolitana de João Pessoa caiu pelo segundo mês consecutivo. No mês de setembro, o índice registrou um total de 73,68% de endividamento, contra 75% no mês anterior. Os dados foram coletados e divulgados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP-PB). Na comparação anual (setembro 2013 / 2012), o nível de endividamento apresentou uma queda de 3,21 pontos percentuais.
Segundo o presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, “a redução verificada na taxa de endividamento do consumidor paraibano neste mês pode ser atribuída, em parte, à cautela dos consumidores em contraírem novas dívidas, reflexo dos aumentos na taxa básica de juros da economia (Selic) que torna o crédito mais caro, além das incertezas relacionadas ao câmbio e inflação.”É importante frisar que dívidas voluntárias são aquelas adquiridas em compras parceladas no cartão de crédito, cartão de loja, cheque especial, entre outras, e que os resultados desta pesquisa são baseados em dados obtidos diretamente nas opiniões dos consumidores.
Na análise por sexo, as mulheres apresentaram maior redução no endividamento (-1,5p.p.), contra 1,03p.p. dos homens. Já em relação à faixa etária, os consumidores entre 37 e 47 anos foram os que mais reduziram as dívidas (-2,74p.p.). Por faixa de renda, os consumidores que ganham até dois salários mínimos foram os que registraram maior retração (-3,1p.p.). Mais uma vez, o cartão de crédito aparece como principal motivo do endividamento, com 71,43% dos consumidores, seguido por financiamento de veículos (18,57%), prestação de casa própria (7,86%) e empréstimo pessoal (5,36%).
Em relação à taxa de comprometimento da renda familiar com o pagamento de dívidas, a pesquisa revelou que no mês de setembro, os consumidores dedicaram, em média, 38,75% da renda com pagamento das dívidas. Este resultado representa uma redução de 0,80p.p se comparado ao mês anterior, quando foi registrado um percentual de comprometimento da renda com dívidas de 39,55%. Segundo especialistas, o montante da renda destinado ao pagamento de dívidas considerado ideal é aquele que não exceda 30% da renda líquida recebida mensalmente pelo consumidor.
Contas em atraso
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor na Região Metropolitana de João Pessoa mostrou ainda que 16,07% dos consumidores endividados afirmaram possuir conta em atraso, resultado 2,49p.p. menor ao do mês anterior. Quanto à inadimplência (consumidores com contas em atraso que afirmaram não poder quitá-las no prazo de 90 dias), a PEIC registrou uma leve retração de 0,06p.p. em comparação a agosto, totalizando 8,89%. Dentre os motivos citados para possuir contas em atraso, destacam-se a falta de planejamento dos gastos domésticos (62,22%), inflação (11,11%), desemprego na família (8,89%) e doença na família (6,67%).
Do total de entrevistados, 53,33% tentou renegociar suas dívidas com os credores, e destes, 23,81% não encontraram dificuldades no processo. Já os que tiveram dificuldades citaram como empecilhos a taxa de juros elevada (66,67%), falta de recursos financeiros (19,05%) e prazos curtos de pagamento (14,29%). Um total de 4,76% dos entrevistados que tentaram renegociar a dívida tiveram a negociação rejeitada pelo credor.
Dentre os entrevistados, apenas 23,16% dos consumidores afirmaram a intenção de financiar algum eletrodoméstico ou eletroeletrônico nos próximos 90 dias.
Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Região Metropolitana de João Pessoa apresenta um índice de confiança de 95% e um erro amostral de 4,95%. Para atingir a precisão desejada, foi estimada uma entrevista com aproximadamente 390 consumidores (que possuam renda e tenham idade superior a 18 anos) escolhidos de forma aleatória.Em alguns quesitos, o entrevistado pode citar mais de uma forma de endividamento, o que torna o somatório dos percentuais superior a cem por cento.


Da Redação com jornal correio

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