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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Paraíba é dos estados que menos denuncia violência contra mulher

Paraíba é dos estados que menos denuncia violência contra mulher
Estado ficou em 23º lugar na lista
O relatório semestral da Central de Atendimento à Mulher, divulgado nessa segunda-feira (7) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), do Governo Federal, revela que entre os 27 estados brasileiros a Paraíba tem a quinta menor procura pelo Ligue 180. O estado ficou em 23º lugar na lista, atrás apenas de Roraima, Santa Catarina, Ceará e Amazonas. Em números absolutos foram 4.094 atendimentos no estado, com 1.011 em João Pessoa e 418 em Campina Grande. Apenas os municípios de Parari e Desterro aparecem na lista dos 50 que mais ligaram para o 180, proporcional ao número de habitantes.
De acordo com a assessoria de imprensa da SPM, considera-se um atendimento quando a mulher vítima de violência liga para o 180 e a central encaminha o caso para um serviço especializado, na cidade onde ela mora. Na comparação do primeiro semestre desse ano com o mesmo período do ano passado, a Paraíba apresentou um crescimento de 4,39% na quantidade de atendimentos, o que rendeu apenas uma posição no ranking ao estado. A assessoria informou ainda que o levantamento por município só começou a ser feito esse ano, o que impossibilita a comparação com 2012, por cidade.
Outro dado divulgado no relatório foi o crescimento de 1.547% nas denúncias de tráfico de pessoas, com relação ao primeiro semestre do ano passado. A assessoria informou que órgão não possui dados por estado para esse tipo de denúncia e os 263 atendimentos feitos em 2013 foram originados do Brasil e do exterior.
Sobre o perfil das mulheres vítimas de violência, o relatório mostrou que 60% delas têm entre 20 e 39 anos e 82% delas eram mães. Em 64% dos casos, os filhos presenciaram a violência e em 19% das situações, eles também foram agredidos. Outro dado divulgado se confronta com a teoria da dependência financeira, como forma de manter a mulher próxima ao agressor. Em 94% dos casos os agressores foram homens e em 62% deles, as mulheres não tinham dependência financeira.
A respeito da natureza do relacionamento, o relatório revela que em 83,8% dos casos o agressor era companheiro, cônjuge, namorado ou ex da vítima. Menos da metade dos casos tinha mais de 10 anos de relacionamento e em 28% deles as agressões acontecerem logo no início da relação. 39% das vítimas permaneceram no relacionamento por mais de um ano. A violência entre pais e filhos ou o contrário, representam 10,6% dos casos. Do total de ocorrências, 46,3% ofereciam risco à vida das vítimas.

Da Redação com jornal correio

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