Sobre o indicador de investigação oportuna dos casos notificados de sarampo no Sinan, 63 casos (56,25%) foram investigados no tempo oportuno e 49 (43,75%) tiveram a investigação inoportuna para o desenvolvimento das ações. Segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Talita Tavares, a secretaria alerta todos os municípios sobre a necessidade da investigação em até 48 horas com o objetivo de adotar as medidas de controle. “Entre as medidas de controle enfatiza-se a realização do bloqueio vacinal, que no momento da avaliação do Sinan os municípios de João Pessoa, Araçagi e Boa Vista informaram que não realizaram, sendo considerada a principal medida de controle da doença”, disse Talita.
Outro indicador de monitoramento do sarampo é o encerramento oportuno dos casos inseridos no Sinan no prazo de 60 dias. Até o dia 31 de agosto, dos 112 casos notificados 78 casos (68,64%) foram encerrados dentro do prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde, sendo: 73 casos em João Pessoa, um em Itapororoca, um em Araçagi, um em Boa Vista, um em Cabedelo e um em Bayeux. Dos demais casos notificados, 15,17% ultrapassaram o prazo de encerramento oportuno ou ainda se encontram inconclusivos (Bayeux e João Pessoa) e 17 casos (15,17%) estão em investigação. “Um dos motivos para o encerramento inoportuno de alguns casos do município de João Pessoa e Bayeux foi o aguardo de resultados laboratoriais da Fiocruz”, explicou a gerente.
Talita também explicou que diante da existência de surtos em acompanhamento nos estados de Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina e dos eventos de massa ocorridos recentemente no Brasil, a Gerência de Vigilância em Saúde (GEVS) mantém a recomendação às Secretarias Municipais de Saúde que continuem em situação de alerta para captação oportuna de casos suspeitas de sarampo, bem como o desencadeamento de ações como:
* Notificar em até 24 horas o caso suspeito (conforme fluxo da Portaria 104/25 de Janeiro de 2011);
* Orientação quanto ao isolamento domiciliar ou hospitalar do paciente até o final do período de transmissibilidade (4 dias após o início do exantema);
* Coleta de amostras clínicas para sorologia e identificação viral, conforme orientações do guia de vigilância epidemiológica;
* Bloqueio vacinal dos contatos em até 72 horas e monitoramento de contatos por até 21 dias;
* Iniciar a investigação dos casos em até 48 horas;
* Busca semanal de casos em prontuários de hospitais e laboratórios públicos e privados;
* Atualização de cartão de vacinação de crianças, adolescente e adulto;
Os municípios de Araçagi, Bayeux, Boa Vista, Cabedelo, Campina Grande, Itapororoca, João Pessoa, Lucena, Manaíra, Pilões, Solânea e Sousa devem avaliar os casos já notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação para qualificarem as informações disponibilizadas de bloqueio vacinal, coleta de amostras clínicas e encerramento oportuno dos casos;
A doença – Sarampo é uma doença altamente transmissível que pode evoluir com gravidade e causar complicações, como pneumonia e encefalite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. “O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes até quatro dias após o aparecimento das erupções cutâneas, sendo o período de maior transmissibilidade dois dias antes e dois dias após o início das erupções. Desta forma, a vacina tríplice viral é a única medida de prevenção eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba”, explicou Talita Tavares.
Secom PB
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