O tribunal de apelações de Nova York ratificou nesta terça-feira (30) a decisão de um juiz que revogou em março a lei que proibia a venda de refrigerantes "tamanho família", impulsionada pelo prefeito Michael Bloomberg, indicou seu gabinete. A decisão do tribunal de segunda instância é um revés para a Bloomberg, que havia proclamado a medida como um passo importante na luta contra a obesidade.
Em março, o juiz Milton Tingling decidiu que a prefeitura de Nova York deve se abster de implementar uma lei que considera "arbitrária" e que em sua opinião tem consequências "estranhas", informou a agência de notícias EFE.
Idealizado por Bloomberg, o projeto de lei - o primeiro com essas características nos EUA - inclui a proibição a bebidas com altos níveis de açúcar e com mais de 464 ml em comércios regulamentados pelo Departamento de Saúde de Nova York.
Os fabricantes de refrigerantes dos EUA levaram aos tribunais a proposta do prefeito e criaram uma organização chamada "Nova-Iorquinos pela Livre Escolha de Bebidas", com o objetivo de reunir assinaturas contra o veto.
A medida afetaria restaurantes, redes de fast-food, vendedores ambulantes, estádios, casas de shows, mercados e bares, que não poderiam vender refrigerantes, limonada, chá gelado ou bebidas energéticas de tamanho grande.
No entanto, os moradores de Nova York e os turistas que quiserem adquirir refrigerantes de tamanho gigante poderiam fazer isso nos supermercados e em grandes redes de alimentação, pois esses estabelecimentos ficariam isentos da lei por serem regulamentados pela legislação estadual, segundo a EFE.
O veto aos refrigerantes gigantes não ficou livre de polêmica e já são muitos os que chamam o prefeito de "Babá Bloomberg" por suas controversas medidas para melhorar a saúde dos moradores de Nova York.
Desde setembro de 2012, a Junta de Saúde da cidade votou a favor da legislação. Já os pequenos comerciantes manifestaram várias vezes oposição ao projeto, por considerar que a medida os prejudicará diante de grandes redes de alimentos.
Apesar das críticas, o prefeito alega que cerca de 6 mil moradores de Nova York morrem a cada ano devido a problemas causados pela obesidade. O problema é a segunda maior causa de mortes que poderiam ser evitadas no país, ficando apenas atrás do tabaco.
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