Temas: Família e Perseguição
Titulo: “Manda quem pode, obedece quem têm juízo”.
Estou
escrevendo e lembrando de quando eu era criança, era uma época difícil onde
poucas pessoas eram empregadas, portanto, casa própria nem pensar e com os meus
pais e cinco irmãos não era diferente. Quando surgia vagas de trabalho era para
filhas de granfinos ou seja dos burgueses, o meu pai levou sorte de não ser
“excluído” desse meio, pais conseguiu ingressar na Policia da Paraíba e foi
designado trabalhar numa cidade do brejo da Paraíba Por nome de Cuitegi, isso
foi resolvido da noite por dia, papai chegou e falou: Julieta cuida, junta os
trapos que nós vamos se mudar, mamãe gritou: meus filhos venham me ajudar, pois
vamos para outro lugar e daí começou a trajetória de mudanças, a cada três
meses uma mudança de um município para outro. Sei que me lembro de alguns
desses municípios que são: Itabaiana cidade em que nasci, Mogeiro, Ingá, Salgado
de São Felix, Pirpirituba, Cuitegi, Guarabira, Remígio, Lagoa de dentro, Pilar,
Esperança e C. Grande. Aí o sistema em matéria de desenvolvimento salarial foi
crescendo e papai havia estudado e continuado, mesmo depois de ser Policial,
conseguiu Patente de Cabo, Posteriormente Sargento e Graças a Deus Comprou uma
casa e deu um descanso tanto a ele, a mamãe e a nos. Depois de C. Grande, papai
ainda destacou em São Sebastião do Umbuzeiro, São João do Tigre e Umbuzeiro de
Natuba.
Mas
as coisas já haviam mudado para melhor e os policiais demoravam, mais nos
destacamentos.
Minhas
origens são muitas, Avelino Silva. E isso sem levar em conta algum índio que,
sem sabermos, também faça parte da nossa família.
Uma
das coisas que marcam nossas vidas de forma inesquecível são as casas onde
moramos. O ambiente familiar nela vivida, os problemas enfrentados pela vida
afora. Nelas, nos velhas paredes que do mundo nos separavam, a família cresceu
e, entre alegrias e tristezas o tempo
passou implacável.
E
uma vontade de voltar atrás, de outra vez viver aqueles velhos tempos, leva-nos
a adolescência, nos deram abrigo. Algumas já desaparecidas, outras resistindo
ainda, mas, como nós, batidas pelo tempo, com suas paredes sem o antigo rigor,
os pisos em desníveis e os telhados vencidos pelo o tempo.
Pela
memoria vou recordar a casa do alto do major ( Alto da Santa Rita ) Em
Itabaiana – PB, Percorrê-la outra vez, lembrar como nela vivíamos, rindo ou
chorando como o destino obriga.
Era
uma casa assombrada, com oito janelas na fachada, tendo no frontispício as
iniciais (S.R.) da Santa Rita que ali perto havia na época.
Portas altas e largas com chaves bem grandes
enferrujadas, com pisos de madeiras da época do barroco, possuía seis quartos
duas salas, cozinhas larga e grande e um jardim enfrente da casa. Que pena
saber que tombaro essa casa tão histórica.
Aqui
finalizando coroando duas pessoas que sofreram com tantas idas e vindas, porém
venceram aos atropelos da vida que são. Os meus Pais: José Avelino da Silva
Filho que nos deixou a mais de vinte anos e a mamãe Julieta da Silva que graças
a Deus ainda continua batalhando por dias melhores para nossa família.
Texto escrito por: Jair Avelino Silva Professor da
cidade de S.S. do Umbuzeiro – PB
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