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terça-feira, 30 de julho de 2013

Crônica: Mudança



Temas: Família e Perseguição
Titulo: “Manda quem pode, obedece quem têm juízo”.

            Estou escrevendo e lembrando de quando eu era criança, era uma época difícil onde poucas pessoas eram empregadas, portanto, casa própria nem pensar e com os meus pais e cinco irmãos não era diferente. Quando surgia vagas de trabalho era para filhas de granfinos ou seja dos burgueses, o meu pai levou sorte de não ser “excluído” desse meio, pais conseguiu ingressar na Policia da Paraíba e foi designado trabalhar numa cidade do brejo da Paraíba Por nome de Cuitegi, isso foi resolvido da noite por dia, papai chegou e falou: Julieta cuida, junta os trapos que nós vamos se mudar, mamãe gritou: meus filhos venham me ajudar, pois vamos para outro lugar e daí começou a trajetória de mudanças, a cada três meses uma mudança de um município para outro. Sei que me lembro de alguns desses municípios que são: Itabaiana cidade em que nasci, Mogeiro, Ingá, Salgado de São Felix, Pirpirituba, Cuitegi, Guarabira, Remígio, Lagoa de dentro, Pilar, Esperança e C. Grande. Aí o sistema em matéria de desenvolvimento salarial foi crescendo e papai havia estudado e continuado, mesmo depois de ser Policial, conseguiu Patente de Cabo, Posteriormente Sargento e Graças a Deus Comprou uma casa e deu um descanso tanto a ele, a mamãe e a nos. Depois de C. Grande, papai ainda destacou em São Sebastião do Umbuzeiro, São João do Tigre e Umbuzeiro de Natuba.
            Mas as coisas já haviam mudado para melhor e os policiais demoravam, mais nos destacamentos.
            Minhas origens são muitas, Avelino Silva. E isso sem levar em conta algum índio que, sem sabermos, também faça parte da nossa família.
            Uma das coisas que marcam nossas vidas de forma inesquecível são as casas onde moramos. O ambiente familiar nela vivida, os problemas enfrentados pela vida afora. Nelas, nos velhas paredes que do mundo nos separavam, a família cresceu e, entre  alegrias e tristezas o tempo passou implacável.
            E uma vontade de voltar atrás, de outra vez viver aqueles velhos tempos, leva-nos a adolescência, nos deram abrigo. Algumas já desaparecidas, outras resistindo ainda, mas, como nós, batidas pelo tempo, com suas paredes sem o antigo rigor, os pisos em desníveis e os telhados vencidos pelo o tempo.
            Pela memoria vou recordar a casa do alto do major ( Alto da Santa Rita ) Em Itabaiana – PB, Percorrê-la outra vez, lembrar como nela vivíamos, rindo ou chorando como o destino obriga.
            Era uma casa assombrada, com oito janelas na fachada, tendo no frontispício as iniciais (S.R.) da Santa Rita que ali perto havia na época.
Portas altas e largas com chaves bem grandes enferrujadas, com pisos de madeiras da época do barroco, possuía seis quartos duas salas, cozinhas larga e grande e um jardim enfrente da casa. Que pena saber que tombaro essa casa tão histórica.
            Aqui finalizando coroando duas pessoas que sofreram com tantas idas e vindas, porém venceram aos atropelos da vida que são. Os meus Pais: José Avelino da Silva Filho que nos deixou a mais de vinte anos e a mamãe Julieta da Silva que graças a Deus ainda continua batalhando por dias melhores para nossa família.

Texto escrito por: Jair Avelino Silva Professor da cidade de S.S. do Umbuzeiro – PB 
           


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