1. O buquê de noiva
A aspirina é o nome comercial do ácido acetilsalicílico (tente falar isso rápido), um derivado do ácido salicílico. A substância existe em uma flor muito usada em buquê de noivas, as do gênero Spiraea, e é comum em toda a Europa. Hipócrates, em 4 a.C., já tinha notado que ela diminuía a dor. Mas foi só em 1899 que o químico alemão Felix Hoffmann conseguiu uma fórmula estável do ácido.
2. O acaso
Hoffmann estava tentando achar algo que aliviasse o reumatismo de seu pai quando trombou com o ácido. Ele trabalhava com materiais de despejo em uma fábrica de corantes chamada Bayer. Sim, a Bayer só virou farmacêutica depois de registrar a patente da aspirina em 1900. Depois disso, resolveu investir em remédios (e lançou até a heroína, tirada do mercado em 1913).
A aspirina inibe a ação das prostaglandinas, uma substância que age como um hormônio, que ajuda na coagulação sanguínea. (Por isso, a aspirina é proibida em caso de dengue hemorrágica: ela inibe a coagulação.) As prostaglandinas também são responsáveis por irritar os nervos e por enviar o sinal de dor ao cérebro.
4. A cura...
Um estudo de 2010, da Universidade de Oxford, descobriu que 1 dose diária de 75 mg (é pouco: 1 comprimido tem 500 mg) diminui o risco de morrer de câncer - qualquer um - em 20%! Outro uso clássico da aspirina é para proteger o coração de doenças, já que ela também impede a formação de coágulos. Mas...
5. ...E a morte
...Antes de começar a tomar, é bom saber que há estudos mais recentes que contestam o uso diário, já que a aspirina pode causar sangramentos. Estima-se que o uso indiscriminado de aspirina - e de outros anti-inflamatórios não esteroides - mate quase 8 mil pessoas por ano só nos EUA e no Canadá.
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