Difícil encontrar alguém que nunca tenha tido, pelo menos um único episódio de dor de cabeça na vida. E as mulheres são as mais prejudicadas, porque, diferente dos homens, elas têm um ciclo hormonal muito particular que envolve, desde a primeira menstruação até o período da menopausa, uma flutuação mensal dos hormônios. “É justamente esta flutuação dos hormônios que faz com que a mulher tenha mais predisposição para ter dor de cabeça e desenvolva mais crises que os homens”, afirma o neurologista André Felício, membro da Academia Brasileira de Neurologia.
Ele explica ainda que essa relação entre hormônios e dores de cabeça é muito mais ligada à enxaqueca. É daí que vem, por exemplo, a conhecida enxaqueca menstrual. Há também algumas curiosidades sobre o assunto. Por exemplo: cerca de 2/3 das mulheres que sofrem de enxaqueca não sentem dor de cabeça durante a gestação, em particular, no segundo e terceiro trimestre. “Esse é o momento em que os hormônios, em geral, dão uma trégua, e a prolactina, hormônio que se eleva bastante neste período, acaba sendo um fator protetor contra as enxaquecas”, diz.
Uma das maneiras de lidar com o problema é através de tratamento preventivo, com medicações que evitam que a mulher tenha dores de cabeça. No entanto, muitas vezes só isso não é suficiente, e a ajuda de um ginecologista pode ser fundamental, uma vez que uma das estratégias seria interromper o ciclo menstrual e, portanto, as flutuações hormonais. “Essa relação entre os hormônios e as dores de cabeça, especialmente as enxaquecas, é bastante desafiadora. De qualquer forma, uma avaliação médica cuidadosa será suficiente para identificar esta relação entre o ciclo hormonal da mulher e suas dores de cabeça, indicando o melhor tratamento possível”, finaliza o médico.
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