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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Papa agradece cardeais por apoio e promete obedecer sucessor


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Em seu último discurso antes da renúncia, o papa Bento 16 prometeu aos cardeais "obediência incondicional" ao novo pontífice, a ser escolhido em meados de março. Ele também agradeceu o apoio dos sacerdotes no período em que comandou a Igreja Católica.

Bento 16 deixará o cargo nesta quinta-feira, após dizer que sairia do comando do Vaticano no último dia 11. Ele deverá deixar o Vaticano em um helicóptero para a residência de verão de Castel Gandolfo, onde passará alguns meses antes de ir à clausura em um convento dentro da cidade-estado.

Em comunicado, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Soldano, agradeceu em nome dos sacerdotes pela gratidão demonstrada pelo papa e o exemplo que representou durante seus oito anos de pontificado. Na entrada do evento, Bento 16 foi aplaudido pelos cardeais.

Após a saudação, o papa agradeceu o apoio dos sacerdotes durante os últimos oito anos. "Continuarei perto de vocês em oração, especialmente nos próximos dias quando vocês elegerão o novo papa, a quem hoje declaro minha incondicional reverência e obediência".

O pontífice ainda pediu a união da Igreja Católica e o trabalho conjunto "como uma orquestra" para alcançar a concordância e a harmonia.

Ele disse que, nos últimos oito anos, houve momentos de "luz radiante" e "algumas nuvens que escureceram o céu". "Nós tentamos servir a Cristo e sua igreja", disse.

O papado de Bento 16 foi marcado por escândalos de abuso sexual e pedofilia, vazamento de documentos privados e informações de brigas entre integrantes de seu círculo íntimo. As crises são apontadas como uma das causas da renúncia, a primeira em 600 anos.

Bento 16 deverá deixar o palácio papal pela última vez por volta das 17h locais (13h em Brasília). Ele seguirá para a residência de verão do Vaticano, em Castel Gandolfo, a 30 km de Roma.

A partir das 20h (16h em Brasília), será declarada a vacância do cargo, abrindo caminho para o conclave. O símbolo da saída do papa será o fechamento das portas do palácio papal e a folga da Guarda Suíça, que garante a segurança do pontífice.

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