É o estado da Bahia, que nos últimos anos, não só agregou o café à sua produção agrícola, como também se tornou uma das grandes regiões produtoras do Brasil. Essa conquista é resultado da articulação de produtores, pesquisadores e demais segmentos do agronegócio café que, unidos, vêm obtendo resultados positivos nos índices de produção, produtividade e melhoria da qualidade. Como reflexo desse esforço conjunto, hoje a Bahia é o quarto maior produtor de café, atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, alcançando em 2012 volume de 2.164,7 mil sacas, segundo dados da Conab, o que representa 5% da produção nacional.
O estado possui três regiões produtoras principais: Cerrado e Planalto (regiões que concentram café arábica) e Atlântico (especializada em robusta ou conilon). O crescimento mais expressivo ocorria até pouco tempo na região do Cerrado, que usa alta tecnologia, totalmente irrigada, situando-se em torno de 20% ao ano. Recentemente esse crescimento vem se dando também na região do conillon, denominada “Atlântico”, onde alcança a cifra de crescimento de 10% ao ano. Nessa região, dada a proximidade e a troca de conhecimentos tecnológicos com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper - instituição co-fundadora e participante do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, detentora de expertise em conilon - tem proporcionado importantes contribuições para o desenvolvimento da cultura.
Para fomentar a atividade cafeeira no Estado, a Secretaria de Agricultura - Seagri, por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA (instituição co-fundadora e participante do Consórcio Pesquisa Café) implantou, nos últimos anos, aproximadamente 30 projetos de pesquisa na área de fertilidade do solo, fitossanidade de lavouras, densidade de plantios, competição de variedades e melhoramento da qualidade, por meio de técnicas de processamento.
Segundo o secretário de agricultura do estado, Eduardo Salles, a Bahia possui o maior contingente de agricultores familiares do Brasil (665 mil), e as pesquisas são fundamentais para que eles qualifiquem e aumentem a produtividade, alcançando os patamares dos grandes produtores. “Assim, nossa parceira com as instituições de pesquisa vai ganhar mais força nos próximos anos. Estamos trabalhando para isso, pois sabemos que esse é o caminho”, disse.
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