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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mobilização dos fornecedores de cana para sugerir ações técnicas de combate a seca


A reivindicação dos fornecedores de cana é para que o governo adote emergencialmente  medidas técnicas para reduzir os problemas oriundos da maior estiagem dos últimos 40 anos. A posição foi encaminhada aos deputados, ontem, durante o Grande Expediente Especial da Assembleia Legislativa, voltada para discutir a crise do setor em função da seca. 
Nesta ação, estão envolvidos cerca de 12 mil produtores de cana, representados pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), dos quais dependem mais de 35 mil trabalhadores, reivindicarão a adoção emergencial
Sem a adoção emergencial de medidas técnicas, a produção canavieira da próxima safra ficará ameaçada. “Para tentar evitar este cenário, é imprescindível o trato cultural adequado”, diz o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, informando que corresponde a serviços de custeio da safra existente e renovação do contingente agrícola de no mínimo 20%.  
É preciso investimento em insumos e mão de obra urgentemente. Em função da seca, os agricultores perderam 50% do faturamento. A situação retirou a autonomia deles para garantir o trato necessário dos canaviais, que deve ser feito no tempo adequado, sobretudo, em anos atípicos. O setor já amargar uma redução de 35% da safra atual devida a estiagem prolongada por mais de sete meses. Também convive com a desvalorização de 15% no valor de mercado do preço da matéria prima do açúcar e etanol. “Diante do significativo déficit hídrico, configurando um ambiente de crise aguda e risco de descontinuidade no exercício da atividade canavieira, é indispensável a atuação do Poder Público”, diz Andrade Lima.

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