Chega o fim de ano e o trabalhador brasileiro tem um alento para suas finanças: o 13º salário, dinheiro esperado ansiosamente e que contribuiu para a realização de muitos sonhos. Reformar a casa, investir em um carro novo, comprar roupas para o Natal, viajar e passear com a família estão entre os planos de muitos trabalhadores. Já os concurseiros podem aproveitar o dinheiro extra para investir no sonho da aprovação em um concurso público.
A vida de concurseiro é díficil e cara. Cursos preparatórios, livros, apostilas, além do tempo, um bem precioso. Nesse sentido, educadores financeiros dão dicas de como os concurseiros podem aproveitar o 13º salário no caminho para a aprovação. Segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), 61% dos consultados vão usar o dinheiro para pagar dívidas, um aumento de 1,67% em relação a 2011 (60%). Desse total, 75% vão pagar dívidas com cheque especial e com cartão de crédito. Segundo Janser Rojo, sócio-diretor da QI Financeiro Consultoria, pagar as dívidas é importante para alcançar o objetivo do concurso.
"O 13º é para trazer tranquilidade e alcançar objetivos. Se a meta da pessoa é ser aprovado em um concurso público, o 13° pode e deve ser um grande aliado nesse objetivo. Ningúem consegue ter uma boa concentração sabendo que as contas estão vencidas. O dinheiro do 13° deve trazer essa tranquilidade para o concurseiro. Não é necessário pagar todas as contas. O concurseiro deve liquidar aquelas contas que estão dando dor de cabeça. As que cabem no orçamento, podem continuar. E o dinheiro que sobrar, o candidato investe em um curso, livros, em sua preparação", explica.
Para Álvaro Modernell, sócio-fundador da Mais Ativos, a tranquilidade é fundamental para qualquer estudante. "Uma das coisas necessárias para os concurseiros é a tranquilidade. Quanto mais tranquilidade, melhor, e os estudos serão mais proveitosos. Um dos fatores que tiram a tranquilidade, o foco, são os problemas financeiros. Então a ideia é aproveitar esse 13º para liquidar o maior número de dívidas, manter-se afastado dos problemas de endividamento. O candidato deve poder focar apenas nos estudos, sem desviar o foco para as dívidas. É importante ter tranquilidade, e manter as contas sob controle ajuda", comenta.
Ele destaca também que o nível dos concursandos no Brasil está extremamente elevado, por isso não se pode facilitar. Poderá obter um bom desempenho aquele que buscar um diferencial, e muitas vezes esse diferencial é a tranquilidade, diz Álvaro. Para ele, cada vez mais é necessário investir na formação. "O nível de profissionalismo dos concurseiros está tão elevado que é preciso investir na formação, em cursos intensivos, apostilas, livros, qualquer coisa que ajude a melhorar a preparação. O 13° pode e deve ser usado para isso. Sem deixar de lado o lado financeiro. Reforçar a reserva financeira também é um bom caminho. Repito, o candidato deve se preparar psicologicamente, e estar tranquilo financeiramente é fundamental", declara.
O concurseiro Thiago Silva é técnico administrativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e irá aproveitar o dinheiro extra para investir no seu futuro. "Acredito que 2013 possa ser um ano chave para mim. Os anos de 2014 e 2016 vão ser decisivos para a nossa cidade e país, e eu espero já ter conquistado a minha aprovação. Controlei bem os meus gastos este ano, poderia usar esse dinheiro extra pra comprar um carro, mas vou investir em um curso preparatório", conta.
O técnico está confiante. "Este ano foi interessante, com boas vagas, e 2013 será ainda melhor. Quero estar bem preparado para as vagas que possam surgir, especialmente para o concurso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Só serão publicado comentários, com identificação não perca seu precioso tempo de comentar sem se identificar!!