Na última quinta-feira, um tribunal da Virgínia, nos Estados Unidos, deu à empresa permissão para desativar uma rede de mais de 500 vírus que davam acesso aos computadores das vítimas.
A decisão foi tomada após um relatório da própria Microsoft, que dizia que cibercriminosos passaram a se infiltrar em cadeias de produção de computadores não-autorizadas no país para colocar vírus nos computadores.
Investigadores da Unidade de Crimes Digitais da companhia americana compraram 20 computadores em diversas lojas na China e descobriram que pelo menos quatro deles já estavam infectados com um vírus chamado "Nitol".
Este e outros programas maliciosos, chamados de malware, permitem realizar ataques a partir de computadores remotos, roubar senhas de banco e até ligar remotamente a webcam e o microfone da máquina.
A maior parte dos computadores infectados com vírus Nitol se conectavam a um centro de controle no servidor 3322.org, registrado em nome de uma empresa de tecnologia chinesa. Segundo a Microsoft, o domínio chinês abriga, sozinho, 500 tipos de softwares maliciosos.
O domínio 3322.org também vem sendo associado a ataques e ações de espionagem vindos da China contra empresas americanas e europeias.
O proprietário da empresa registrada no endereço, Peng Yong, disse à agência de notícias Associated Press que não tinha conhecimento da decisão americana e que sua empresa tem uma política de "tolerância zero" para atividades ilegais no domínio.
No entanto, ele afirmou que "não pode negar o fato de que usuários podem estar usando seus domínios para propósitos escusos."
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