Essa é uma tecnologia importante para o mercado de carnes no Brasil, pois a identificação dos animais é feita precocemente, explica a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, Luciana Regitano, que lidera o projeto de pesquisa “Estratégias genéticas para melhoria da eficiência de produção e da qualidade da carne bovina no Brasil”, um dos grandes desafios da pecuária nacional.
Segundo ela, o método de identificação por marcadores moleculares possui amplo mercado, uma vez que a descoberta de técnicas que permitem identificar bovinos capazes de produzir carne macia sempre foi um dos maiores desafios para o setor pecuário. Essa é uma das características de qualidade mais importantes para os consumidores de carne bovina.
Na prática, a metodologia consiste em colher uma amostra, que pode ser o pelo, do animal e enviá-la ao laboratório para identificar nos bovinos os marcadores moleculares. Em caso positivo, esse animal poderá ser selecionado para ser reprodutor e imprimir uma característica na sua descendência.
A tecnologia, desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), traz benefícios especialmente para os produtores da raça nelore, principal base para cruzamentos de corte no Brasil. Estima-se que dos 209 milhões de cabeças de gado no Brasil, 150 milhões pertençam à raça nelore.
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