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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Conselho do DF pede que quadros do Pânico sejam retirados do ar

Panicat Babi Rossi foi obrigada a raspar o cabelo, ao vivo, enquanto o programa estava no ar

Representantes do Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos vão apresentar nesta quinta-feira (24), às 16h30, uma representação no MPF (Ministério Público Federal) para que os quadros Academia das Panicats e Maior Arregão do Mundo, do programa Pânico na Band (Band), sejam retirados do ar por causa de “violação dos direitos humanos”.

O presidente do Conselho, Michel Platini, e a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputada Erika Kokay (PT-DF), querem que o órgão instaure inquérito civil para apurar “afronta à dignidade da pessoa humana”. Segundo Platini, os quadros citados expõem as dançarinas, bem como os demais funcionários da emissora, a trotes, constrangimentos, torturas, mutilação e outros gestos vexatórios.


— Os trotes agressivos e desumanos não foram poucos, inclusive a panicat Babi teve seus cabelos raspados ao vivo. No programa do dia 6 de maio, uma bailarina foi submetida a sessões de choques enquanto simulava a gravação de um comercial, outra comia uma pimenta japonesa, mesmo sendo alérgica a pimenta, e outra ainda teve pó de mico em seu sutiã.

Já no programa do dia 20 de maio, o funcionário Daniel teve que segurar um prego enquanto o outro participante denominado de Rabin tentava bater com o martelo. A prova foi interrompida em diversos momentos, quando Daniel reclamava de dor. No mesmo quadro o funcionário Alfinete foi escolhido para fazer a barba no interior de um carro pulando, e o resultado não poderia ser outro, se não o funcionário com o rosto todo cortado e sangrando.

Baseada nos artigos 127 a 129 da Constituição Federal, a representação pedirá que os dois quadros da atração sejam retirados do ar e, que no horário da apresentação dos mesmos, sejam exibidos vídeos educativos com o objetivo de combater “toda discriminação e exposição vexatória das mulheres”. O R7 procurou a assessoria de imprensa da Rede Bandeirantes, que não vai comentar o assunto.

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